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Muricy diz que São Paulo irá sofrer para contratar reforços, mas explica como concorrer com os clubes milionários

Muricy, Zubeldía e Casares: Tricolor terá dificuldades no mercado da bola (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Muricy Ramalho sabe que, se os últimos anos tem sido difíceis economicamente ao São Paulo, os próximos serão ainda mais complicados. 

No último dia 2, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou a criação do fundo de investimentos para quitação da dívida do clube, em parceria com a Galapagos Capital e com a OutField. 

Os recursos captados pelo fundo serão utilizados para reestruturar o endividamento bancário e otimizar as fontes de capital de giro do clube, diminuindo o custo financeiro e aumentando o prazo da dívida. Além disso, será implementada uma nova política de governança alinhada com as melhores práticas de mercado, para garantir a sustentação da reorganização financeira a longo prazo.


Coordenador de futebol do Tricolor, Muricy Ramalho conhece profundamente o clube e sabe das dificuldades que estão por vir. 

“A gente tá ouvindo o comentário que os caras vão investir para caramba, todos os times. Todos os times vão investir forte. Então eu também vou dar a minha apertada. Nós podemos perder jogadores, sim, porque nós temos jogadores que vem time de fora buscar, e se você perde, tem que repor, e a reposição hoje não está barata”, destacou Muricy ao Podcast Histórias do Futebol.

Mas, com as finanças reduzidas, como o São Paulo irá concorrer com os milionários clubes brasileiros? Muricy Ramalho explica. 

“Nós usamos muito a nossa conversa, a nossa camisa, a nossa história para convencer o cara, e eu tenho muito crédito, os jogadores confiam no que eu falo, então chega um momento que você tem que saber que se isso acontecer, nós vamos sofrer um pouco, então a gente tem que estar ligado, eles (diretoria) estão fazendo um trabalho excelente lá”. 


O ídolo são-paulino falou também sobre as dificuldades que o clube vem enfrentando nas últimas temporadas, onde o orçamento já não era dos melhores. 

“Nesses três anos, a gente teve pouco orçamento. Nós chegamos em cinco finais, nesses três anos e meio, fazia dez anos que a gente não ganhava nada, nós chegamos em cinco finais, ganhamos três. Com orçamento bem apertado. E vai apertar mais”. 

“Agora, a gente tem que saber que o futebol é assim. Ele te cobra toda hora. Então, a gente vem nesses três anos e meio de cinco finais. Se você não começar a chegar em uma final, você vai ser cobrado, e forte. E na cobrança no futebol, este time não é pequeno, ele é grande, ele é forte, ele é do tamanho que é. E aí que é o problema, entendeu?”, continuou Ramalho.

“A gente vem três anos e meio economizando, economizando, a gente contratou os jogadores que estavam aí sem passe, a maioria dos jogadores é assim”, completou o coordenador de futebol.

Recentemente, o presidente Julio Casares explicou como irá funcionar na prática o fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC).

"Não é uma camisa de força, nós temos regras orçamentárias e vamos ter de cumpri-las, mas como nosso marketing também é muito ostensivo, a cada novo contrato você vai trazer um benefício de elevação financeira, como se fosse modular, para que a área de futebol possa ter sua tranquilidade. Quando vender jogadores também, e quando trouxerem contratos como o São Paulo fez com naming rights, patrocínios, Live Nation… O São Paulo tem que ser criativo em todas as áreas e eu não acredito que isso venha obstar a competitividade", disse.

“Há a possibilidade de continuar competindo. A área de futebol terá que ser muito mais criativa do que é, e está sendo muito, é só ver as contratações. Sempre gosto de dar exemplos: como o Alisson chegou, como foram promovidos os garotos da base, enfim. Toda essa dinâmica continua", explicou Julio Casares.

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