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“Se não fizermos isso, vamos naufragar logo”: Casares abre o jogo sobre shows no Morumbi e partidas fora de casa

Bruno Mars faz uma série de seis shows no Morumbi que será bom aos cofres do Tricolor (Foto: Daniel Ramos)

MARCIO MONTEIRO

O São Paulo fez seu último jogo como mandante, contra o Corinthians, em Brasília, e fará o próximo, diante do Vasco, em Campinas. Isso porque o Morumbi está recebendo uma série de shows do cantor Bruno Mars.

Os dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13 foram reservados para a apresentação do popstar na casa do Tricolor, devido a acordo firmado do clube com a empresa Live Nation.

Com algumas reclamações de parte da torcida pela ausência do estádio em alguns jogos, o presidente do São Paulo, Julio Casares, foi direto ao explicar a realidade e as necessidades atuais do clube.

“Às vezes o torcedor, e eu também queria, quer jogar todos os jogos no Morumbi. Mas temos de decidir: ou guarda o bolo, ou come o bolo. Temos um contrato com a Live Nation e só eu sei o quanto sofremos para pagar nossas contas. E às vezes o sacrifício tem de acontecer, temos que ter o faturamento do show, temos que ter o jogo no Morumbi, temos de ir para Brasília para ganhar um dinheiro e agora vamos para Campinas, que logisticamente é um estádio próximo”, afirmou o mandatário.

“A receita do futebol aumenta cada vez mais, mas o custo também, pois temos de ter um time competitivo. Para garantir a competitividade, o São Paulo precisa ser criativo no marketing, fazer show, mandar algum jogo fora. Se não fizermos essa lição de casa, vamos naufragar logo ali na frente”, ponderou Casares.


E o Tricolor vai aproveitar este período sem jogos em seu estádio para uma reestruturação. Após os shows de Bruno Mars, o Morumbi passará por um processo de troca de gramado. 

A antiga grama recolhida do estádio para a montagem do palco será levada para o Centro de Formação de Atletas de Cotia, onde treinam os jovens da base do São Paulo, para ser replantada em um de seus campos.

E como bem disse Julio Casares, os shows no Morumbi rendem uma boa grana. O contrato com a Live Nation tem duração de cinco anos, no valor de R$ 60 milhões. No entanto, o São Paulo ainda tem direito a receitas extras em cada espetáculo geradas dentro do estádio, como bares e lanchonete, além de participação em ações de marketing dos eventos.

Assim, o Tricolor estima lucrar entre R$ 12 e R$ 16 milhões com os shows de Bruno Mars no Morumbi para ajudar no orçamento bastante preocupante deste ano.

Nas últimas apresentações da banda Coldplay na casa são-paulina no ano passado, o clube faturou aproximadamente R$ 6 milhões nestes bônus. 

Sem o Morumbi por um período nesta reta final de Brasileirão, o São Paulo irá realizar seu próximo jogo como mandante, diante do Vasco, no próximo dia 16, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. 

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