Novo letreiro de identificação da casa tricolor avança (Dvulgação) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Durou quase um ano inteiro, mas chegou ao fim a novela sobre o novo letreiro do Morumbi, agora rebatizado com referência a uma marca de chocolates.
Na última segunda-feira (18), o órgão de patrimônio histórico que tombou o antigo Cícero Pompeu de Toledo como obra arquitetônica, aprovou a substituição do famoso letreiro, já retirado, por um com o novo nome, oficializado no início deste ano. Desde janeiro, a fachada do estádio estava vazia devido ao imbróglio.
Segundo informações do parceiro ANOTAÇÕES TRICOLORES (confira o trabalho clicando aqui), como contrapartida pela aprovação, a Mondelēz, empresa que é dona dos naming rights da casa do São Paulo por 36 meses, vai fazer melhorias estimadas em R$ 2,3 milhões nos arredores do estádio.
Serão obras de paisagismo e mobiliário urbano ao longo da Avenida Jorge João Saad, que liga o Morumbi à Estação São Paulo– Morumbi da Linha 4-Amarela do Metrô paulistano.
Isso fará com que o caminho até o estádio seja mais agradável para os torcedores e para a população do bairro.
Em troca, a empresa vai poder exibir a marca de seu chocolate nas habituais plaquinhas de 'este espaço é preservado pela empresa'.
A aprovação no Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) aconteceu na segunda, sem grandes polêmicas, já que o tombamento do estádio é menos restritivo, por ser mais associado às características espaciais da obra do arquiteto Villanova Artigas, ao contrário, por exemplo, do que ocorre no Pacaembu.
A fachada do Morumbi é tombada desde dezembro de 2018, após pedido da gestão da época, encabeçada por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, por ser uma obra de Artigas.
No entender dos conselheiros do Conpresp, se o órgão autorizou tamanha obra no Pacaembu, não haveria motivos para impedir uma simples troca de letreiro no Morumbi. A obra foi considerada minimalista pelo órgão.
Agora, as próximas etapas são burocráticas, com São Paulo, Mondelēz e Subprefeitura do Butantã assinando o termo de cooperação para formalizar a contrapartida, não havendo ainda prazo para o letreiro ser colocado.
A pauta volta também à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, de responsabilidade da gestão municipal de Ricardo Nunes (MDB), para a aprovação final e liberação do Cadan, sigla de como se chama o registro municipal de publicidades em locais visíveis publicamente, afinal agora a fachada será enquadrada como anúncio.
O problema é que o projeto foi idealizado para 36 meses, e quase 11 deles já se passaram. A empresa pagará um total de R$ 75 milhões pelos três anos do contrato de naming rights, que se encerrará em dezembro de 2026.
O Tricolor esperava inaugurar a nova identificação ainda durante o Campeonato Paulista. Depois adiou para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mas desde então, com a lentidão do poder público em fornecer o Cadan, passou a evitar fazer prognósticos.
Para receber o alvará da Prefeitura, é preciso consenso entre os integrantes da Comissão responsável (segundo especialistas), o que deve atrasar mais uma vez a estimativa, fazendo o Tricolor falar internamente que a estreia só deverá ocorrer de fato no ano que vem.
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