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Rafinha revela decepção com James Rodríguez no São Paulo: “Chegamos a brigar. Não corria nos treinos”

Amigos na Alemanha, James e Rafinha ficaram sem se falar no Tricolor (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Rafinha, líder e um dos capitães do São Paulo, foi mais um a expor o dia a dia de James Rodríguez em sua fraca passagem pelo Tricolor. O lateral relembrou que já havia atuado com o meia na Alemanha e foi um dos que ligou para convencê-lo a vir ao time do Morumbi.

Porém, o lateral direito se mostrou decepcionado com a passagem do colombiano pelo Tricolor e revelou até briga por cobrança de mais dedicação nos treinos. 

"É meu parceiro, meu irmão, jogamos juntos no Bayern, mas ele ficou sem falar comigo aqui. Chegamos a brigar aqui, não dá né. Eu não briguei não, mas ele ficou bravo comigo por chamar a atenção dele. Jogamos juntos três anos no Bayern, fomos campeões de tudo lá no Bayern. É um cara que eu tinha o maior respeito”. 

“Ligamos durante as férias inteiras para ele vir para cá, para dar aquela força. Aí chegou aqui e eu acho que, o James é o Ronaldo da Colômbia, o camisa 10 e capitão da Colômbia. O 10 sabe da importância dele, fora que ele é um craque, um fenômeno jogando. Só que, no São Paulo, a gente estava em uma situação que estava todo mundo como soldadinhos. Os caras defendendo bem e fazendo gols. Quando ele chegou, eu acho que ele achou que ia chegar jogando. E o Dorival falou que ia vendo, conforme os treinos”. 


“Aí a gente foi dando uns toques nele, para treinar um pouco mais, fazer um trabalho a mais por fora para entrar em forma logo, e ele falava: 'Mas não é meu estilo, como vou correr?'. E realmente, ele não corria nem no Bayern, como que ia correr aqui? Mas assim, era outro estilo, outro jogo, outro time”.

“E aí foi passando o tempo e ele percebeu que ele não estava com o prestígio que ele queria, sabe? Naquele momento, quando ele chegou, quem tinha isso era o Lucas. E continua sendo, Lucas é o nosso craquinho, ele é diferente, é um fenômeno, uma máquina. Aí quando ele chegou, o Lucas já estava treinando, atropelando, e o James mais na dele. Ele se sentiu meio desprestigiado”. 

“Ele queria ter mais acesso, mais atenção para ele, só que não tinha como. Aí o Dorival chegou para ele e falou: 'Olha, do jeito que você está treinando e jogando, não tem como eu te usar. Vou tirar quem do time?'”.

“Aí o Dorival chamou ele, eu também conversei com ele, e ele ficou zangado comigo. Falei: 'Cara, não sou eu. Eu não sou treinador, sou jogador igual você. Estou aqui para te ajudar, o que você quiser que eu fale pra ele, eu falo'. Ele ficou meio chateado com isso, mas depois baixou um pouquinho a guarda”. 

“Mas uma coisa tenho que ser sincero: ele foi profissional. Nunca faltou com respeito com ninguém, nunca chegou atrasado, fazia o papel dele certinho, ia no clube e fazia as coisas que tinha que fazer sem desrespeitar ninguém. Isso temos que falar também, porque às vezes o torcedor, o cara que só nos vê no sábado ou no domingo, tem uma imagem do James de que ele é preguiçoso, que só joga bem na Colômbia, mas é diferente. No nosso time, não tinha como tirar ninguém”, dissertou Rafinha em entrevista ao podcast Denilson Show.

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