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A POLÊMICA DA BASE: Criticado, Zubeldía detalha seu método de subir jovens: “Nem todo garoto que sai de Cotia está preparado”

Treinador gringo visitou as dependencias de Cotia assim que chegou (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Uma das maiores críticas que o técnico Luis Zubeldía recebeu de boa parte da torcia durante esta temporada à frente do São Paulo foi quanto a sua utilização de jovens jogadores da base na equipe profissional.

Em campo, realmente foram poucos garotos que tiveram boas oportunidades no time de cima, com William Gomes aparecendo por mais vezes. Ainda assim, os torcedores cobravam que o habilidoso atacante tivesse mais minutos em campo.

O argentino Zubeldía foi questionado sobre o assunto em sua participação no programa Bola da Vez, da ESPN, e explicou detalhadamente seu método para fazer a transição dos atletas da base ao profissional.

“Sou mais um treinador de promover jogadores jovens e consolidá-los do que um treinador que diz: ‘eu gostaria de tal, tal e tal’, e me trazem. A condição econômica do São Paulo não está para fazer esta ousadia. Outros clubes, sim, não sei como fazem, mas fazem”, cutucou Zubeldía, que seguiu seu raciocínio.

“Então, há dois caminhos sobre a relação com os jovens. Primeiro, saber subi-los ao time principal e impedir que o jovem fique estagnado no time principal. É como um pântano. Não te serve para nada. Nem todo jogador que sai de Cotia e sobe ao principal está preparado para jogar no time profissional, por diferentes motivos”. 

“Ou porque há um ou dois jogadores no time de cima, ou por que ainda falta um pouco mais de preparação. Então, aqueles jogadores que se mostram estagnados, não tenho dúvidas que tenham que ser emprestados, para que se preparem e em seis meses ou um ano voltem ao clube”.

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“O segundo caminho é ir levando, mas com uma certa proteção. Vou citar um exemplo, como estou fazendo com alguns jogadores. William [Gomes) ou Patryck. Porque eu sei que quando um jogador juvenil joga mais quatro ou cinco partidas, quem tem que questionar sobre as emoções dele sou eu e minha comissão técnica. Os torcedores, com todo respeito, vão elogiar quando vão bem e vão criticar quando vão mal. É a lei do futebol”. 

“Eu acho que tem que ir com calma. Aqui no Brasil, cinco estrangeiros que jogam aqui passaram por minha etapa como treinador de time principal. Estrearam todos comigo. Alguns deles, como Cano e Flaco López, tiveram que sair para amadurecer e se transformar em grandes jogadores, apesar de terem estreado muito jovens”.

“Não espero que todos entendam este processo. Mas o treinador se torna especialista nesta situação, pois temos que cuidar dos jovens. Não há muitos times grandes que colocam jovens, pela pressão, pelo imediatismo que existe. De repente, um jovem joga mal cinco jogos e é descartado, e trazem um estrangeiro. Não”.

“O São Paulo tem um processo mais lento que o do Palmeiras, por exemplo, que investe mais também na base. Os garotos aqui vão se desenvolvendo com o passar do tempo. Por isso tem que ser muito cuidadoso quando chega no time principal. Se não vai estragar um projeto de seis, sete anos, que não seria bom ao São Paulo”. 

Luis Zubeldía afirmou que conversa bastante com os jovens vindos de Cotia, para que entendam seu processo de auxiliou no amadurecimento de cada um. 

“Eu conversei com, por exemplo, Rodriguinho, Moreira, com muitos garotos do clube. Sentei com eles e expliquei que se não chegaram a ter oportunidade no time hoje, não era o fim do mundo. Repito, porque é muito importante o conceito. Não se pode ficar estagnado em um lugar por demorar a aparecer os desafios”. 

“Tento analisar e fazer entender que, por diferentes motivos, eles não têm lugar. Bom, tem que sair para experimentar. Eu fiz isso como treinador. Saí do meu país para ter vivência, e olha onde eu vim parar, na catedral do futebol”, concluiu o técnico do São Paulo. 

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