Belmonte desmente atrito interno com Zubeldía, mas deixa claro que não tem como atender pedido por reforços

Dirigente e treinador conversam durante treino no CT (Instagram)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, tratou de desfazer qualquer ameaça de atrito com o técnico Luis Zubeldía nos bastidores nesta quinta-feira (5), durante entrevista ao portal 'UOL'.

O dia começou com supostas informações de bastidores que os dirigentes tricolores não teriam gostado das declarações do treinador argentino na quarta-feira (4), após a derrota para o Juventude em pleno Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

Isso porque Zubeldía falou que pediu a contratação de até cinco reforços para a próxima temporada, contrariando teoricamente as reuniões de planejamento internas com a diretoria no CT da Barra Funda, já que se sabe que a grana será curta pelos lados do Morumbi devido â crise financeira.

Com isso, correu-se para se exaltar uma suposta insatisfação com a postura do argentino, que virou alvo de críticas por parte da torcida e conselheiros após as eliminações nos principais mata-matas do ano e os tropeços na reta final do Brasileirão, além de um suposto desgosto do treinador em utilizar atletas revelados na base.

"Na verdade, nossa relação com Zubeldia é muito boa. A gente fala com ele sobre as possibilidades e o ano será difícil. Para chegar atletas, precisamos que saiam atletas, a folha não pode crescer", disse Belmonte.

O sinal de paz, contudo, não faz com que o dirigente use rodeios sobre a chegada de reforços. E tratou-se logo de enfatizar que logo cinco deles é algo completamente descartado, por ora.

"Temos que ter entradas e saídas porque não temos recursos para grandes investimentos. A gente buscará atender os desejos do treinador e talvez não tenhamos os cinco atletas. Ele sabe das dificuldades que temos e talvez não consigamos", disse.

Belmonte, aliás, voltou a dizer que o plantel são-paulino atende as exigências internas. E que alinhou com Zubeldía a necessidade de uma melhor utilização das peças diante da necessidade gerada pelos problemas financeiros.

"Temos um elenco competitivo. Ele sabe disso, conhecendo mais os atletas, ele poderá usar melhor os atletas e faremos um esforço dentro de quem entra e quem sai. Eles (treinadores) sempre querem sete ou oito reforços e a gente gostaria de ter mais atletas. Mas, nem sempre é possível. Zubeldia é co-autor do nosso projeto para 2025", completou.