Longe de acordo por renovação de contrato, São Paulo recebe sondagem holandesa por empréstimo de joia de Cotia

Henrique do Carmo durante partida do Brasileiro (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A novela sobre a renovação de contrato e a permanência da joia Henrique do Carmo no São Paulo deve ganhar novos e importantes capítulos até o final deste ano.

Depois de ser revelada uma proposta do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, de 7 milhões de euros (R$ 44,4 milhões na cotação atual), vem à tona a informação de que a cria de Cotia recebeu agora uma oferta de empréstimo do PSV, da Holanda.

O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que a proposta do clube de Eindhoven seria de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,4 milhões) pela cessão do atacante de 18 anos por seis meses, com preço de compra em definitivo fixado.

O São Paulo negocia uma forma de se precaver para não perder a joia por valor muito abaixo do que sonhava. 

Por isso negocia para que o valor total do negócio atinja 8 milhões de euros (cerca de R$ 50,8 milhões), além de manterem pelo menos 20% dos direitos para lima negociação futura. Ou seja, a cláusula de compra após o empréstimo seria do mesmo valor ofertado pelo Shakhtar.

Henrique tem contrato com o São Paulo até dezembro de 2025, e vem nos últimos meses negociando sua renovação com o clube. Porém, o acordo está cada vez mais complicado.

Os planos iniciais do Tricolor eram de prolongar o contrato de Henrique em cinco anos. Mas a tratativa se complicou após os ataques do empresário do jovem, Wagner Ribeiro, contra o técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, acusado de desprestigiar os atletas da base, além de ofender e humilhar profissionais do clube. 

Internamente, por mais que o presidente Julio Casares tenha minimizado a postagem do empresário, a avaliação é que o desabafo de Ribeiro foi um sinal claro de que Henrique não tem interesse em seguir no Morumbi.

Henrique foi promovido aos profissionais do Tricolor no início do Campeonato Brasileiro como forma justamente de tentar esfriar o assédio europeu e convencê-lo a renovar o contrato. Mas a falta de oportunidades pesou. Jogou apenas no triunfo por 2 a 1 contra o Vitória, no Morumbi. Ademais, foram 18 partidas em que foi relacionado e não saiu do banco de reservas.