Ex-técnico tricolor 'deu uma forcinha' no mercado da bola (Buda Mendes/Getty Images) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O São Paulo ganhou uma ajuda inesperada na tentativa de contratar o meia-atacante Oscar: Dorival Júnior.
O técnico da Seleção Brasileira, campeão da Copa do Brasil de 2023 pelo Tricolor, conversou com Oscar nos últimos dias e enfatizou que ele tem, sim, chances de ser convocado caso atue em alto nível no futebol brasileiro.
A informação foi revelada ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes ligadas ao comandante do selecionado nacional. Segundo elas, Oscar sondou com Dorival se poderia ter chances de voltar ao escrete canarinho no ciclo da próxima Copa do Mundo.
É mais um sinal positivo que Oscar recebeu ao sondar como ficaria o seu futuro caso aceite jogar no Tricolor.
O CASO
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar por cinco anos, o que é proibido pela Fifa, que permite renovações de, no máximo, três anos - quando o atleta é formado pelo próprio clube. O Tricolor alega que Oscar conseguiu sua emancipação e, por isso, firmou um contrato com período maior. O meia ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou 3 milhões de euros (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
O Tricolor, então, entrou com várias ações até que, no dia 8 de fevereiro, em decisão da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta voltou a ter vínculo com o time paulista.
Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para tentar colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos federativos ou R$ 10 milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e estipulou o passe do atleta em R$ 17 milhões. No dia 27 de abril daquele ano, Oscar conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a jogar, o que não acontecia desde o dia 17 de março. O ministro Guilherme Caputo Bastos, que concedeu o habeas corpus, realizou uma nova audiência de conciliação e chegou-se então ao valor que agradou a todas as partes.
Após meses de negociação, as partes chegaram a um acordo e bateram o martelo por R$ 15 milhões, que corresponde à multa rescisória do contrato do atleta (estipulado em R$ 9,5 milhões), acrescido de juros e de uma indenização pedida pelo clube do Morumbi por perdas e danos pelo período de litígio.
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