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Zubeldía insiste na força máxima e, preguiçoso, São Paulo cai para o Juventude em despedida do ano no Morumbi

NOITES DO TERROR: Apático, Tricolor foi presa fácil do rival (Fernando Alves/Juventude)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Luis Zubeldía teimou, mandou a campo o que tinha de melhor alegando querer uma despedida de honra do São Paulo no ano em seu estádio. Mas... Quem festejou no Morumbi foi o Juventude.

A fria noite não foi só na temperatura fora de campo. Dentro dele, era um Tricolor preguiçoso, acomodado, atuando como se pudesse definir a partida em qualquer momento. E se esqueceu que do outro lado tinha um adversário precisando do resultado para se afastar do rebaixamento.

Foi favas contadas. O time gaúcho foi mais decisivo e venceu por 2 a 1 na noite desta quarta-feira (4), na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro onde o São Paulo já está com a vida decidida, garantido na fase de grupos da próxima Copa Libertadores.

Tudo bem que o cenário já colocava o Juventude como favorito. Mas podia ser mais 'disputado', digamos assim... O primeiro tempo terminou com os visitantes tendo mais chutes a gol. E no segundo a fatura foi liquidada. Primeiro com uma falha bisonha de Luiz Gustavo. Depois explorando o que ameaçava o jogo inteiro: a velocidade pelo deficitário lado esquerdo.

O Juventude se garante na Série A do ano que vem com méritos. Deixa o Morumbi com a primeira vitória sobre o Tricolor após oito anos, para a fúria da torcida contra Zubeldía, Luiz Gustavo e mais titulares que, convenhamos, poderiam ter sido poupados dessa.

O resultado pouco muda na classificação: o São Paulo tem a sexta posição assegurada, mesmo que estacionado com 59 pontos comas duas derrotas consecutivas. O clube encerra sua participação no Brasileirão no domingo (8), contra o Botafogo, fora de casa. Mas que venha logo 2025.

Contrariando expectativas, o técnico Luis Zubeldía mandou a campo força máxima para o jogo. Quer dizer, um esboço do melhor que tinha disponível, já que antes da partida foram reveladas duas novas contusões: Wellington Rato e Ferreirinha.

Com isso, era de esperar um domínio meio que absoluto do Tricolor nas ações de jogo, mas não foi o que aconteceu. Novamente foi um São Paulo insosso, que controlou a posse de bola e teve maior domínio das ações, não necessariamente conseguindo transformar isso em chances claras, com muita dificuldade de definição, seja na tomada de decisão ou na própria finalização.

E o que se viu no primeiro tempo foi um Juventude com mais finalizações e chances perigosas criadas. Logo aos 6, por exemplo, João Lucas ajeitou para Lucas Barbosa finalizar no veneno e obrigar Rafael a fazer excelente defesa.

Mas como isso é possível? Simples... Como praticamente todos os adversários que lhe enfrentam, o São Paulo é marcado na intermediária e sofre nas transições rápidas de contra-ataque. Pelo lado direito, Igor Vinícius atuava mais como ala. E, na esquerda, Patryck tentava fechar como terceiro homem da defesa. Mas faltava muita coisa: disposição, vontade... E em uma noite fria ainda.

Criava-se muito pouco. Aos 13, Igor Vinícius invadiu a área e caiu após choque do adversário pedindo pênalti, ignorado pela arbitragem. Foi só. Na maioria das vezes era muita troca de passe na intermediária e chutes de longe quando se encontrava uma brecha.

E tome mais perigo do Juventude. Aos 27, Nenê arriscou da intermediária e mais uma vez Rafael teve de aparecer para salvar a lavoura espalmando para escanteio.

Mas nada que é ruim não possa piorar mais ainda. Na volta do intervalo, logo aos 6, uma falha bisonha deu as tintas definitivas ao jogo. Luiz Gustavo tinha a bola dominada na intermediária, mas, desatento, perdeu a posse facilmente para Luis Mandaca, que fez a ligação de primeira para Gabriel Taliari encontrar toda a defesa são-paulina aberta para arriscar o chute e abrir o placar.

Já era o suficiente para irritar todo mundo, mas aos 16, a coisa virou ódio. O Juventude tocou como quis a bola no meio-campo e Lucas Barbosa acionou de primeira João Lucas, que cruzou para Erick Farias completar às redes e marcar o segundo.

As vaias já tomavam conta do impaciente Morumbi quando, aos 31, um fio de esperança. Dois jogadores que entraram no decorrer da etapa final, Marcos Antônio e William Gomes, fizeram a jogada pela ponta esquerda e acharam Luciano no meio da área para se antecipar à marcação e diminuir a vantagem.

As alterações até deram uma nova dinâmica para o São Paulo, que com o sangue novo aumentou sua intensidade e passou a quebrar a última linha e criar chances mais concretas. E aí foi a vez do Juventude cumprir o prognóstico de se fechar e garantir o resultado positivo fundamental para definir o seu futuro.

Classificação fornecida por Sofascore



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