Presidente tricolor durante treino nos EUA (Instagram) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
A oposição do São Paulo não conseguiu o objetivo de arrancar respostas do presidente Julio Casares sobre a parceria que ele negocia com o magnata grego Evangelos Marinakis para investimentos na base tricolor.
Questionado pelos opositores sobre o negócio, Casares falou menos com os conselheiros do que já falou aos jornalistas sobre o assunto.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o mandatário são-paulino disse que não há nada ainda a ser explicado sobre a parceria por Cotia.
Casares disse o assunto está apenas em fase de conversas e quando houver informação, será apresentado ao Conselho.
Informou ainda que está em conversa com Marinakis, mas "está muito embrionário e não tem nada possa ser falado oficialmente". Tratou a ideia como algo "em desenvolvimento".
No último dia 20, por exemplo, Casares abriu mais o jogo sobre as negociações com o grego.
"Fui procurado no ano passado diretamente pelo Marinakis, um empresário bilionário que gosta de futebol. Ele me procurou, queria me conhecer. Eu não o conhecia pessoalmente, tivemos um encontro em São Paulo, dois encontros em Londres, estamos conversando sobre grandes projetos. Agora, eu não estou falando de SAF”, iniciou o presidente.
“Quando eu falo da base não é vender a base, porque o São Paulo tem um patrimônio próprio, tem o know-how, tem seus profissionais, tem um patrimônio. Isso é inegociável. O que o São Paulo e os formadores de opinião têm que entender é que o mercado de base mudou. O que o São Paulo está fazendo de forma inédita é se adaptar a esse mercado”.
“A vinda de um investidor é com o quê? Ele ganha o retorno do que colocou, mas me dá condição. Em vez de vender um Beraldo por ano, vender quatro, cinco. Com isso ele ganha, nós ganhamos, e não compromete o patrimônio”, explicou Julio Casares, que completou.
“Você não está montando uma SAF de patrimônio, não. É uma operação em você vai ganhar no êxito. Então, o São Paulo é majoritário, esse investidor vai fazer um aporte. Você pode ir ao mercado aumentar a produção de atletas. Ou seja, se você tem uma plataforma que oferece 20% de jogadores de categoria A, vamos tentar jogar para 40%, para que esses 40% sejam produtos para atender ao profissional, e esse investidor vai fazer a sua participação para que ele consiga estabelecer o retorno do seu investimento”, finalizou.
O AMT já revelou que o dono de Nottingham Forest, Olympiacos e Rio Ave se dispôs a investir cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 605,5 milhões) na parceria pela base são-paulina.
As tratativas de Marinakis com o São Paulo estão em estado avançado. A parceria entre o Tricolor e o bilionário deverá ter dez anos de duração. E certamente o item mais polêmico é a preferência que o clube do Morumbi dá a Marinakis para que ele compre a SAF tricolor caso essa seja colocada à venda.
Marinakis ficaria com 35% de futuras vendas de jogadores de Cotia e, em contrapartida, investiria os US$ 100 milhões na base do Tricolor.
Não se trata de uma venda ou passagem de controle de Cotia para Marinakis, mas sim uma discussão para aumentar o poder de investimento da base, com promoção de intercâmbio de jogadores e profissionais das camadas jovens são-paulinas.
A oposição são-paulina sonhava em aumentar seu espaço interno no clube com a sabatina de Casares. O plano era claro: ganhar apoio popular da torcida com a oportunidade de cobrar explicações do mandatário tricolor no órgão. Para isso, grupos políticos contrários a Casares estão convocando torcedores a enviarem perguntas ao presidente por meio das redes sociais.
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