Evangelos Marinakis em partida do Nottingham Forest na Inglaterra (Michael Regan/Getty Images) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Os bastidores do São Paulo estão agitados nesta semana após a diretoria receber contato da Galápagos, responsável por administrar o fundo de investimentos do clube (uma tentativa de equacionar as contas), para saber detalhes da parceria que o presidente Julio Casares articula com o magnata grego Evangelos Marinakis para receber investimentos nas categorias de base.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, representantes da gestora de investimentos estariam dispostos a cobrir a oferta feita por Marinakis para se tornarem parceiros do clube do Morumbi em Cotia.
Em uma primeira oferta para assumir parte do controle das categorias de base são-paulinas, contudo, as condições ofertadas pela Galápagos são piores que as de Marinakis.
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O dono de Nottingham Forest, Olympiacos e Rio Ave já se dispôs a investir cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 605,5 milhões). A oferta inicial da Galápagos é menor, mas a financeira está disposta a igualar a conta.
As tratativas de Marinakis com o São Paulo estão em estádio avançado. A parceria entre o Tricolor e o bilionário deverá ter dez anos de duração. E certamente o item mais polêmico é a preferência que o clube do Morumbi dá a Marinakis para que ele compre a SAF tricolor caso essa seja colocada à venda.
Marinakis ficaria com 35% de futuras vendas de jogadores de Cotia e, em contrapartida, investiria os US$ 100 milhões na base do Tricolor.
Não se trata de uma venda ou passagem de controle de Cotia para Marinakis, mas sim uma discussão para aumentar o poder de investimento da base, com promoção de intercâmbio de jogadores e profissionais das camadas jovens são-paulinas.
Segundo o 'Globo Esporte', Casares se reuniu pessoalmente com Marinakis duas vezes, uma no Brasil e outra na Inglaterra, para onde viajou na semana passada sob o pretexto de negociar acordos para a Libra, a liga brasileira de clubes da qual o Tricolor faz parte.
São dois os maiores empecilhos para que a negociação seja concretizada ainda este mês.
Pelo lado de Marinakis, seu filho, Miltiadis Marinakis, é favorável para que a empresa da qual é herdeiro adquira a SAF do Vasco, com quem também tem negociações avançados.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, a posição de Miltiadis o fez entrar em rota de colisão com Edu Gaspar, ex-coordenador de Corinthians e Seleção Brasileira e que atualmente trabalha para o magnata grego. Foi dele a ideia de fazer parceria com o São Paulo pela base.
Pelo lado são-paulino, o problema de Casares atende pelo nome de Conselho Deliberativo.
A ideia de ceder controle de Cotia desagrada grande parte dos conselheiros, incluindo muitos da base apoiadora do presidente.
Tanto que a oposição conseguiu, no fim do ano passado, reunir as assinaturas necessárias para convocar Casares ao órgão para prestar esclarecimentos no próximo dia 28.
Ciente da impopularidade e de certa falta de apoio ao acordo de parceria pela base, Casares diminuiu o tom empolgado nas últimas entrevistas que deu aos colegas que cobrem a pré-temporada do clube nos EUA.
A Galápagos chegou ao São Paulo no segundo semestre do ano passado na criação de um fundo de investimento em direitos creditórios. O objetivo do FIDC é captar R$ 240 milhões, que serão utilizados no pagamento da maior parte das dívidas do São Paulo com bancos.
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