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| André Silva tenta passar pela marcação nesta noite (Rubens Chiri/SPFC) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Já virou tradição. Se o São Paulo vai a Bragança Paulista, dificilmente dá para confiar em uma vitória. A última fora em março de 2019. E o tabu continua.
Na noite deste sábado (8), escalado com um time reserva, o Tricolor até animou no início do jogo e dava esperanças de um dia feliz aos torcedores. Mas no final acabou derrotado por 1 a 0 para o Bragantino, na oitava rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista.
Escalado com o jovem Matheus Alves como armador e os habituais escolhidos para as formações alternativas (com Alan Franco de volta à zaga após dois jogos fora), a equipe de Luis Zubeldía começou com maior volume de jogo, explorando melhor as rotações, mas sem conseguir efetivar isso em chances claras de gols.
Pudera, o meio-campo era justamente o setor mais falho da equipe, pecando tanto na defesa quanto no ataque com erros posicionais e de passe, prejudicado a construção de jogadas e permitindo a aproximação do Bragantino sem maiores dificuldade.
Aos 33, o cenário se tornou fatal para o Tricolor. Em mais uma jogada que os volantes afrouxaram a marcação, o time de Bragança tabelou como quis na intermediária sem ser incomodado e Matheus Fernandes apareceu livre para arriscar o chute e marcar. Com grande ajuda de Jandrei, importante ressaltar, que estava na bola, mas permitiu que ela entrasse na meta.
Em um jogo que já pecava pela falta de oportunidades claras, o gol bragantino piorou ainda mais as coisas. Em crise no campeonato, lutando contra o rebaixamento, a vantagem no placar foi a motivação necessária para os mandantes fecharem de vez a casa. Desmobilizando por completo o time são-paulino.
Era necessário um fato novo para tentar mexer o caldo. Ele até veio, aos 49, quando Juninho Capixaba foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo por falta em Marcos Antônio. Mas o que se viu na volta do intervalo foi o mesmo cenário de pasmaceira.
Zubeldía até tentou. Colocou alguns dos titulares que estavam no banco, buscando explorar mais o lado direito (onde Ferraresi não apoiava) e ocupar mais os espaços no meio-campo, retomando, ao menos, a rotação mostrada no início do jogo.
Entretanto, o Bragantino soube jogar com o resultado. Fechou ainda mais sua casinha e o decorrer da etapa final foi de um Tricolor que manteve a posse de bola, girou bastante a bola na intermediária e não conseguiu penetrar as linhas dos mandantes, tornando a passagem dos minutos algo mais angustiante do que necessariamente esperançoso.
A derrota muda pouca coisa em termos de classificação para o Tricolor, que continua na liderança do Grupo C com 13 pontos, três a mais que o Novorizontino. Por ora, o clube do Morumbi tem apenas um jogo a menos que o rival.
Por falar em Morumbi, o São Paulo mal terá tempo de respirar após o duelo desta noite. A equipe viaja logo em seguida para Brasília (DF), onde passará praticamente toda a semana que vem por conta dos dois jogos que sediará em seguida na cidade por conta do show da cantora colombiana Shakira na casa tricolor. O primeiro desses duelos já é nesta segunda-feira (10), às 21h30 (de Brasília), contra a Inter de Limeira.
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