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Só um treino, lesões, desgaste e gramado sintético: os problemas do São Paulo para o clássico com o Palmeiras

Com a corda no pescoço, Zubeldía tem logo um clássico para tentar sair da crise (Foto: Victor Monteiro/Ag. Paulistão)

MARCIO MONTEIRO
@avantmtricolor

As críticas pelas más atuações recentes do São Paulo pela grande maioria da torcida fazem todo o sentido. Mas o torcedor tricolor, passional e imediatista, não dá um desconto ao elenco, que não faz ainda nem um mês nesta sexta-feira (14) que realizou seu primeiro jogo da temporada.

Em intervalo de 30 dias, o Tricolor realizou 11 partidas, entre amistosos nos Estados Unidos e duelo válidos pelo Paulistão. O calendário apertou de vez quando a CBF anunciou a antecipação das datas em 2025, conflitando com a pré-temporada do time nos EUA.

Problema que todos os outros clubes também estão enfrentando, o São Paulo talvez um pouco mais. Fatos expostos, e não é nenhum tipo de defesa a Luis Zubeldía e os jogadores, mas é preciso elucidar que a loucura do futebol brasileiro dificulta, e muito, qualquer tipo de trabalho inicial.


Como se diz por aí, ‘o Paulistão não vale nada, apenas para derrubar técnicos’. A máxima se torna a cada ano mais real. Zubeldía acumula três jogos sem vencer com o São Paulo, e se dependesse da torcida, não estaria mais dirigindo a equipe do Morumbi.

Para tentar sair da crise, o cruel Paulistão já coloca o Palmeiras como próximo rival do Tricolor, que ainda busca sua classificação às quartas de final, assim como o rival da Pompeia. 

Sem tempo para o clássico

Após o decepcionante empate por 3 a 3 com o Velo Clube, o elenco são-paulino embarcou em seu avião particular já na madruga desta sexta-feira (14), de Brasília para solo paulistano.

Assim, o grupo ganhou folga e retoma as atividades em treino único preparatório ao clássico, que será realizado neste sábado (15) no CT da Barra Funda.

Lesões e desgaste

O pouco tempo de trabalho é só mais um dos problemas do pressionado treinador argentino. A equipe conta com cinco nomes que não estão à disposição, o mais novo deles, Ferreirinha, que fez exames nesta sexta para saber o grau de sua lesão que o tirou do último jogo do time.

A mudança de planos de Zubeldía, que inicialmente colocaria um time reserva contra o Velo, mas atuou com os titulares, também terá influência no Choque-Rei.

Como já havia escalado o time principal contra a Inter de Limeira, os reservas fariam o rodízio no segundo duelo em Brasília. A necessidade de ganhar mudou a rota.

E os titulares, que descansariam na quinta, chegam desgastados após dois jogos seguidos para visitar o Palmeiras no domingo. Perguntado sobre o tema em sua última entrevista coletiva, Zuba disse que irá avaliar e lembrou de um ponto importante: a grama sintética. 

O velho problema do gramado

“Verei bem como estão todos. O tema do gramado é sempre um fator, especialmente no período de preparação, principalmente com jogadores que já tiveram problemas lá”. 

“Não é fácil. Mais tarde, nas fases finais, é claro que é outra coisa, mas na fase de grupos, como está acontecendo agora, temos que avaliar bem a questão do gramado”, alertou o técnico são-paulino. 

Luis Zubeldía recordou bem, já que sete jogadores do São Paulo já se lesionaram na grama sintética da arena adversária. Três deles seguem no elenco, Ferraresi, Lucas e Ferreirinha. 

Toda essa correria por jogos, desgaste e lesões tão cedo dos atletas já era bastante previsível pelo calendário. Os torcedores têm todo direito de deixaram a razão de lado e apenas agirem com a paixão, cobrando mudanças imediatas no clube.

A diretoria, no entanto, tem que mostrar sua posição. Se já sabia das dificuldades e confia no trabalho de Luis Zubeldía, tem que ter peito para bancar o treinador. Uma demissão com praticamente um mês que se iniciou o ano mostraria total falta de planejamento e ideias para a temporada. E é o que deve acontecer muito em breve, se os resultados não voltarem a aparecer.

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