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Com três zagueiros, São Paulo ainda não conheceu derrota na temporada e só sofreu um gol (de pênalti)

Luciano durante o treino desta sexta, no CT (Erico Leonan/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Provável formatação a ser usada pelo técnico Luis Zubeldía para a semifinal do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, às 21h35 (de Brasília) desta segunda-feira (10), fora de casa, o sistema com três zagueiros pode pecar pela produtividade ofensiva, mas pelo menos estancou o problema dos gols sofridos do São Paulo na temporada.

Se a qualidade do jogo são-paulino não teve um crescimento evidente, por outro lado, a objetividade ficou clara: com três zagueiros, o São Paulo não perdeu (foram duas vitórias e um empate) e só sofreu um gol, de pênalti. 

Um avanço considerável para uma defesa que tomou 13 gols em 13 jogos até aqui do Paulistão.

O comandante argentino utilizou a linha com três defensores pela primeira vez no ano com o time titular justamente diante do rival verde, no empate sem gols da fase de classificação, no dia 16 de fevereiro, também na arena adversária.

Na ocasião, Ruan foi o escolhido para fechar o sistema defensivo ao lado de Arboleda e Alan Franco, com Pablo Maia e Alisson fazendo a dupla de volantes e André Silva entrando nos 11 iniciais para ajudar Luciano na tarefa de servir bolas a Calleri.

A escalação, digamos, alternativa, foi a campo muito principalmente por conta da decisão do clube de poupar os astros Lucas e Oscar por conta do gramado sintético do estádio rival.

No jogo, com uma postura um tanto conservadora na proposição de jogo, o Tricolor segurou o adversário, mas apresentou estatísticas inferiores: foram só quatro finalizações, ante 15 dos palmeirenses. 

Retranca? Nem tanto, já que os pupilos de Zubeldía ainda trocaram impressionantes 336 passes, com uma precisão de 80%.

Foi um raro momento do ano em que o São Paulo abandonou a sua característica principal de proposição de jogo (natural pelo protagonismo dos quatro atletas da linha ofensiva) para apostar em uma postura mais calculista de contensão de danos. 

Seja como for, o sistema com três zagueiros parece ter recebido a aprovação do treinador, pois voltou a ser utilizado no momento em que as coisas pareciam perdidas (principalmente após a derrota para a Ponte Preta em pleno Morumbi).

Zubeldía voltou a utilizar o sistema no decisivo duelo ante o São Bernardo, desta vez com Ferraresi, Arboleda e Sabino formando a linha, e a boa vitória por 3 a 1 parece ter mostrado o equilíbrio da compactação tática ao treinador, que manteve a sistemática no triunfo sobre o Novorizontino pelas quartas de final.

Ante o Palmeiras, nada mais justo, portanto, que a formatação continue...



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