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Treinador é contido por jogadores e comissão antes de ser expulso no Mineirão (Pedro Vilela/Getty Images) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O São Paulo continua sem vencer no Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo (6), o Tricolor ficou mais uma vez no empate sem gols, desta vez contra o Atlético-MG, no Mineirão.
A suposta dificuldade maior do adversário (diferente da estreia contra o Sport, em casa), pode até trazer uma sensação de que o resultado foi extremamente positivo.
E no final foi mesmo, afinal o Tricolor apresentou um excelente desempenho defensivo e saiu de Belo Horizonte (MG) com umas chancezinhas de ataque criadas e até mesmo um gol anulado por claro impedimento de Alan Franco.
Mas o lance não foi o único de protagonismo da arbitragem no jogo, afinal o clube do Morumbi terminou o duelo com duas expulsões. Uma delas de Calleri, no segundo tempo, após o VAR caguetar uma cotovelada em um adversário.
Mas sem dúvida a mais chamativa foi a do técnico Luis Zubeldía. O argentino se irritou no fim do primeiro tempo com um lance onde Ramon Abatti Abel teria ignorado o segundo cartão amarelo ao zagueiro rival Lyanco. Não se furtou em invadir o campo para ofender o juiz e acabou indo pro chuveiro mais cedo por conta do chilique desproporcional.
O São Paulo agora com dois pontos e nenhum gol marcado tenta a reabilitação na principal competição nacional contra o Cruzeiro, às 17h30 (de Brasília) do próximo domingo (13), no Morumbi. Antes, contudo, o Tricolor tem uma parada pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, às 21h30 (de Brasília) de quinta-feira (10), contra o Alianza Lima, também em casa.
O JOGO
O que se esperava do São Paulo no jogo, ele apresentou desde o primeiro minuto. Com os titulares em campo (apenas dois jogadores foram poupados), o time de Luis Zubeldía repetia o desempenho apresentado nos últimos jogos: muito controle da posse de bola, mas também muita lentidão na transição de jogo.
Com a nova formação em campo, contudo, apareceu um ingrediente novo na esquematização tricolor: a tentativa de bola longa como forma de furar as linhas defensivas atleticanas. Evidente que isso pouco gerou resultado prático em campo.
Não foi, contudo, um desempenho ruim do São Paulo. O escrete paulista conseguia apresentar uma atuação defensiva sólida, ante um ainda mais inoperante ataque atleticano, que ante a covardia do seu treinador, evitava maior ferocidade ofensiva, e dando espaços ao Tricolor para os contra-ataques quando subia.
Foi nessa toada que o São Paulo conseguiu seus dez minutos de domínio na etapa inicial, chegando inclusive a marcar um gol de cabeça com Alan Franco em cobrança de bola parada, que acabou sendo anulado por clara posição de impedimento, aos 17 minutos. Aos 20, Alisson chegou a arriscar um chute da entrada da área (igual ao que ele conseguiu abrir o placar na Argentina), mas a bola saiu sem tanta força assim.
A morosidade do primeiro tempo só foi quebrada aos 45, quando Zubeldía resolveu aparecer e, reclamando muito de uma falta para suposto amarelo a Lyanco, resolveu invadir o campo para xingar o árbitro Ramon Abatti Abel, sendo evidentemente expulso pelo chilique.
No segundo tempo a coisa mudou bastante. Cuca sacou Natanael, lateral-direito deles que errou tudo o que produziu e tentou até então, reforçou a marcação no lado esquerdo são-paulino e conseguiu girar bastante o Atlético, complicando as coisas e empilhando boas chances: chute no veneno de Gustavo Scarpa (que saiu livre dentro da área), testada de Júnior Alonso e finalização perigosa de Hulk.
A resposta são-paulina só veio aos 25, talvez com a melhor chance criada até então no jogo, com Lucas Ferreira escapando livre pelo lado esquerdo, invadindo a área e finalizando com perigo para boa defesa do goleiro Everson.
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