São Paulo vence com autoridade, afunda Internacional e chuta a crise para seguir sonhando com a Libertadores

Sabino comemora o gol marcado na Vila Belmiro (Alexandre Schneider/Getty Images)

Enquanto houver bambu, tem flecha.

Tá, a gente sabe, já usamos essa frase antes em um relato de jogo do São Paulo. Acontece que não há nada mais contundente para descrever o atual cenário do Tricolor no Campeonato Brasileiro.

Em crise, vindo de uma goleada sofrida por 6 a 0 e com a torcida mais disposta a protestar que apoiar na Vila Belmiro, o cenário prometia ser dramático ao clube do Morumbi na noite desta quarta-feira (3). Felizmente o adversário era o Internacional. Os gaúchos vivem um clima muito, mas muito pior que o dos paulistas. E foram presa fácil do reforçado time de Hernán Crespo, que venceu com propriedade por 3 a 0 na despedida como mandante nesta penúltima rodada do Brasileirão.

De fato não poderia haver adversário melhor para o São Paulo dar a devida resposta à torcida. E os heroicos tricolores que desceram a serra foram compensados pela chuva que tomaram com uma atuação bem sólida do seu time.

Com as voltas de Ferreirinha na ala-esquerda e Luciano no ataque, o Tricolor sobrou. Dominava as ações, trocava passes com facilidade ante um frágil time colorado e conseguia acertar a transição de jogo e a construção ofensiva.

Pecava, e muito, era na conclusão. Quase todas as bolas dadas com açúcar por Ferreirinha, Marcos Antônio e Bobadilla acabavam sendo desperdiçadas por Luciano e Tapia.

O volume de jogo à frente escondeu os velhos problemas são-paulino no seu eixo defensivo. O 3-2-5 de Crespo com a bola acaba deixando o time exposto quando a perde. Há falhas na recomposição que permitem a aparição do adversário com uma certa facilidade na intermediária, principalmente jogando nas costas dos dois alas. Felizmente, para nós, do outro lado não era o Fluminense, mas sim o Internacional, um time ruim, de quase nenhuma jogada coletiva eficiente e com a construção ineficiente.

Menos mal que nesta noite, diferente de outros carnavais tricolores, o ataque compensou os sustos da sua retaguarda. O São Paulo abriu o placar aos 20, em jogada de bola aérea. Ferreirinha cobrou uma falta da direita e Sabino, completamente livre de marcação, subiu para testar e marcar.

Quando os gaúchos ameaçaram complicar as coisas ante a baixa vantagem são-paulino, o time decidiu dar algo que não tem há muito tempo: tranquilidade. Aos 47, no apagar das luzes da etapa inicial, Maik ampliou, ao acertar um chute da entrada da área em bola que pegou na veia após triangulação com Ferreirinha e Bobadilla.

Com a margem ampliada a seu favor e o adversário afundado, a volta do intervalo reservou a definição das coisas. Logo aos 2, Marcos Antônio (de novo!) acertou um belo passe enfiado. E desta vez Luciano não desperdiçou. Aproveitou que Rochet caiu no chão antes da hora e bateu de cobertura para marcar o terceiro da noite.

A vitória acaba se tornando importantíssima para que o Tricolor mantenha vivo o seu sonho de Libertadores. A equipe segue isolada na oitava posição da classificação, agora com 51 pontos, três de vantagem para o Bragantino. O posto é fundamental, já que caso Cruzeiro ou Fluminense conquistem a Copa do Brasil, será o oitavo colocado que ganhará uma vaga na fase preliminar da principal competição sul-americana de clubes.

Agora, de volta à paz e empolgado pelo bom jogo apresentado, o São Paulo segue para a sua despedida da frustrante temporada. Encara o Vitória às 16h (de Brasília) de domingo (7), em Salvador (BA), precisando vencer para, quem sabe, salvar um ano que até aqui está sendo completamente perdido.

Classificação fornecida por Sofascore
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