Fornecedor do Mounjaro usado pelo São Paulo vendeu a medicação ilegalmente e clube demite nutrólogo, diz portal

Eduardo Rauen não faz mais parte do Tricolor (Foto: Divulgação)

E lá vem mais bomba no São Paulo. A manchete do dia na crise sem fim do clube é de que o fornecedor do Mounjaro utilizado pelo departamento médico tricolor vendeu a medicação sem autorização da Anvisa para sua comercialização no Brasil.

A ilegalidade dentro do clube foi revelada em reportagem do portal UOL neste terça-feira (16), que confirmou ainda que o nutrólogo Eduardo Rauen, responsável pela implementação do TecFut no Tricolor, foi demitido após o novo escândalo.

Segundo o site, Altemir Bernardes, de 51 anos, pediu R$ 5.599 no pix pela venda da medicação importada, valor bastante acima ao preço comum das ‘canetas emagrecedoras’ comercializadas legalmente. No Brasil, a dosagem em questão sai entre R$ 2.500 a R$ 3.500, como confirmado pelo AVANTE MEU TRICOLOR.

Na simulação de compra e pedido feito pelos colegas do UOL, a receita médica não foi solicitada pelo fornecedor em nenhum momento. O site ainda publicou que o vendedor chegou a dizer ainda que fornecia o medicamento também a diretores do São Paulo e à filha de um diretor do clube.

Quando informado que conversava com jornalistas, Altemir Bernardes disse que as informações que ele havia acabado de passar eram falsas e que ele não comercializava o Mounjaro, apenas tinha trazido algumas canetas do exterior como favor a um amigo.

Consultada, a Anvisa foi clara em sua autorização:

“Qualquer forma de comércio de medicamentos por pessoas físicas está irregular. No Brasil, medicamentos só podem ser vendidos em farmácias ou drogarias regularizadas na vigilância sanitária. Portanto, qualquer medicamento comprado fora de farmácia está irregular e não possui garantias de qualidade, composição e condições de conservação”, apontou o site.

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Toda a polêmica resultou na demissão do nutrólogo Eduardo Rauen pelo São Paulo, que chegou no meio do ano para reformular a área de saúde tão criticada nas últimas temporadas.

O caso havia gerado grande discussão interna, já que parte dos médicos do Tricolor não concordavam com a utilização das canetas em seus jogadores. Com a divulgação da ilegalidade do produto, o clube decidiu pela rescisão com Rauen nesta terça-feira.

Especialista apontou os problemas

A equipe do AMT conversou durante a semana com o médico nutrólogo Vinicius Sampaio, especialista em emagrecimento e longevidade, que detalhou os malefícios que o Mounjaro pode acarretar nos atletas de alta performance.

“É uma medicação que te causa saciedade, e você para de comer, mesmo a gente dando toda essa assistência semanal, os pacientes trazem efeitos colaterais, porque ele diminui demais o aporte de nutrientes”, explicou Sampaio.

“A partir do momento em que você diminui o aporte de nutrientes, o rendimento de alta performance vai cair com certeza. Perda de massa muscular, perda de vitaminas, que vão deixar fraco. E a própria medicação, quando você faz o uso pelas primeiras vezes, pode ter a maior assistência que for, vai ter mal-estar, náusea, constipação e diarreia também”, seguiu o especialista.

A perda de massa muscular gera maior estresse em tendões e ligamentos e reduz a estabilidade articular. A tirzepatida pode atrapalhar o aporte de proteínas necessárias para a recuperação muscular, devido ao efeito de diminuição do apetite”, alertou ainda.

“O Mounjaro se encaixa muito bem para o jogador que volta de férias, vai entrar para pré-temporada, quando os caras chegam tudo acima do peso, faz um trabalho ali, mas tem que ser muito bem acompanhado. Aí eu acho que vale a pena. Mas para alta performance, para os caras que jogam duas vezes por semana, sem chance”, decretou o especialista em emagrecimento em conversa com o AMT.

O São Paulo alegou que não tinha conhecimento da origem do medicamento utilizado em suas dependências, e abriu uma apuração interna para averiguação.

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