A investigação que a Polícia Civil realiza no São Paulo por suposto desvio de dinheiro em negociações de jogadores ganhou novos detalhes nesta terça-feira (23).
A Polícia averígua saques realizados das contas do Tricolor e depósitos feitos em espécie para dirigentes durante a gestão de Julio Casares no São Paulo que resultam em valores exorbitantes, segundo matéria publicada pelo portal UOL.
O site ainda diz que, dentro do clube, as justificativas são de que essas movimentações financeiras são relativas a premiações ou bichos pagos no Tricolor.
No lado do São Paulo, a defesa ainda é a mesma divulgada na segunda (22), onde o clube diz não ter conhecimento de nenhuma investigação policial em andamento.
“O São Paulo Futebol Clube informa que não tem conhecimento de qualquer investigação da Polícia Civil em andamento. O Clube se coloca à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades, caso seja formalmente citado”, comunicou o Tricolor em breve comunicado à imprensa.
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As transações investigadas envolvem pessoas da alta cúpula do clube e altas quantias de dinheiro, que ultrapassam os R$ 10 milhões. Na pauta da Polícia estão dirigentes são-paulinos e empresários suspeitos de participação no desvio de verba.
A Justiça autorizou a quebra de sigilos bancários de alguns dos acusados no caso, e um dos agentes citados é tido como um dos mais importantes do mundo do futebol.
O inquérito no São Paulo começou a partir de procedimentos instaurados no caso Vai de Bet, no rival Corinthians, e está sob a responsabilidade do delegado Tiago Correia, o mesmo que conduz a investigação do clube de Itaquera.
O Tricolor teve mais de R$ 230 milhões vendas de jogadores nesta temporada, com os jovens da base de Cotia tendo seus baixos valores bastante questionados.
Esta é apenas mais uma etapa da maior crise da história do clube, que ocorre neste ano. Ainda neste turbulento mês de dezembro, a crise no Departamento Médico levou a demissões, inclusive do nutrólogo que receitou medicação de emagrecimento a jogadores ilegalmente, além do Escândalo dos Camarotes, que está também sob investigação do Ministério Público.
