O atacante Juan, revelados nas categorias de base de Cotia no São Paulo, acabou marcado negativamente com a torcida, que não teve lá muita paciência com o jovem e não aprovou muito suas 82 aparições com a camisa do Tricolor, entre 2019 e 2024.
Saiu para o Goztepe, da Turquia, onde vez conquistando seu espaço, o que não vinha acontecendo muito no clube do Morumbi, como explicou o próprio jogador.
“É muito cômodo você só fazer parte do elenco, mas não era o que eu queria para mim. Foi muito gratificante ser campeão no São Paulo (Copa do Brasil 2023), acho que eu poderia ter saído um pouco depois, mas era o cenário”, disse Juan em palavras ao GE.com.
“Eu só poderia escrever algo, jogando. Você fazer parte é muito bom, mas contribuir é muito melhor. Fiquei uns três anos no profissional, esperei meu tempo e quando vi que era o momento, saí para me desenvolver e produzir mais”, seguiu.
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Em seus tempos de Tricolor, no entanto, não culpa ninguém por sua falta de espaço, já que a concorrência era grande, especialmente com Calleri, no posto de atacante. Juan revelou papo que teve com o antigo treinador Luis Zubeldía para decidir por sua saída do clube.
“Só tenho coisas positivas a dizer. O Zubeldía foi muito parceiro, tive muitas conversas com ele, entendi o meu momento também, que precisava de minutos, jogar, ter sequência maior. A saída foi somente por isso, eu sabia meu potencial, que poderia me desenvolver. Ele tinha as opções dele, a primeira, a segunda, e eu brigava pelo meu espaço. Respeitei as opções dele, mas disse que gostaria de jogar mais. Quando fui falar com ele, me deu todo aval para tomar minha decisão”.
“Tive umas duas ou três conversas com o Muricy. E é até bom para o cara entender de fato a realidade, um cara tão vencedor como ele abordar assuntos com você. No meu caso, foi pela paciência. Era um dos melhores anos que o Calleri viveu na carreira dele e eu não jogava aberto ainda, como fui fazer com Dorival, jogava só de centroavante”, falou o atacante.
“Você se cobra para jogar, mas precisa ter paciência. Muricy trouxe esse equilíbrio para mim, entendi que tem coisas que não estão no nosso controle. Era trabalhar e ficar à disposição. Ele via o meu trabalho”, continuou o atleta.
Foram sete gols e cinco assistências pelo Tricolor, com os títulos da Copa do Brasil 23 e Supercopa 24 conquistados. E Juan relembra com carinho os momentos especiais que viveu com o São Paulo em seu início de carreira, já com grandes títulos e clássicos vencidos.
“Acho que o ano que a gente foi campeão da Copa do Brasil, foi um ano muito legal, pude contribuir com o título, tive jogos com Dorival, foi um momento que ficou mais marcante. O jogo na Neo Química Arena, gol do Luciano que a jogada começa comigo, o jogo no Allianz (contra o Palmeiras). Tive outros momentos, meu primeiro gol, mas aquele ano foi muito especial”, recordou Juan.