E mais evidências vão surgindo sobre a terrível atuação da arbitragem no clássico entre São Paulo e Palmeiras no último domingo (5), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. E, acredite, uma informação revelada pelo portal ‘Goal‘ pode inocentar o VAR Ilbert Estevam da Silva.
Segundo a revelação do sítio, um dos lances mais polêmicos e que mais gerou revolta nos tricolores, o pênalti de Allan sobre Tapia no início do segundo tempo, ignorado pelo árbitro de campo Ramon Abatti Abel, teria, sim, tido a orientação de Silva para que o lance fosse revisado no monitor.
Pelo menos isso é o que teria passado o executivo de futebol são-paulino Rui Costa ao restante dos dirigentes do clube, após ouvir na última segunda-feira (6), em reunião com a Comissão de Arbitragem da CBF, os esperados áudios das conversas entre os dois árbitros no Choque-Rei.
De acordo com o ‘Goal‘, na discussão entre os árbitros, segundo o que Rui Costa repassou à diretoria são-paulina, o responsável pelo VAR sugeriu que Abatti Abel fosse ao equipamento de vídeo para conferir possível pênalti para o São Paulo.
O árbitro da partida, contudo, optou por manter a decisão de campo, alegando que o defensor do Palmeiras, Allan, teria escorregado no gramado.
A informação de que Abatti Abel viu não só Allan “escorregar”, como também justifica que Tapia não chegaria na bola, já havia sido antecipada pelo AVANTE MEU TRICOLOR.
Segundo o ‘Goal‘ ainda, não teria havido grande insistência por parte de Silva para que Abatti fosse rever a jogada, sendo respeitada a sua decisão dentro de campo.
Seja como for, Ilbert Silva viu seu nome ganhar destaque (negativo) e foi convocado a comparecer à Câmara dos Deputados para dar depoimento sobre os fatos ocorridos no jogo.
PRESSÃO TOTAL DO TRICOLOR POR TRANSPARÊNCIA
A CBF parece ter mudado de ideia e, em nome da transparência e lisura, vai tentar atender o pedido do São Paulo para tornar público os áudios do VAR dos cinco lances polêmicos do clássico contra o Palmeiras do último domingo (5), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
Informação da tarde desta terça-feira (7), apurada pelo AVANTE MEU TRICOLOR, dá conta que a entidade máxima do futebol brasileiro vai pedir à Fifa autorização para a liberação e divulgação desses áudios.
Segundo o que a CBF informou o clube do Morumbi, é necessária essa autorização, pois o VAR não recomendou a revisão da decisão do árbitro de campo.
A resposta vem após o São Paulo pedir oficialmente à entidade nesta manhã a liberação dos áudios do VAR nos cinco lances polêmicos que reclamou.
E, principalmente, a mudança de postura da CBF acontece após o executivo de futebol Rui Costa ouvir os áudios junto da cúpula da Comissão de Arbitragem na última segunda-feira (6).
Costa foi o escolhido da diretoria para participar da reunião com Rodrigo Cintra, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, e do gerente técnico do VAR, Péricles Bassols. O objetivo principal foi elucidar ao dirigente tricolor as polêmicas decisões do árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pela fiscalização em vídeo, Ilbert Estevam da Silva, no clássico contra o Palmeiras do último domingo (5), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
O encontro aconteceu após a entidade máxima do futebol dar razão ao São Paulo nas reclamações e anunciar o afastamento por tempo indeterminado dos dois árbitros. O objetivo foi mostrar a Costa os áudios da conversa de Abel com Silva em cinco lances capitais apontados pelo Tricolor, que não podem se tornar públicos por conta do protocolo do VAR (somente decisões revisadas é que são divulgadas), mesmo com o pedido do presidente Julio Casares de que se fizesse uma exceção por conta da gravidade do ocorrido.
Nesse ponto, o alarde do Tricolor pode sim ser encarado como exagerado, como alega o Palmeiras, visto que mesmo os áudios que não são publicados pela CBF acabam disponibilizados aos clubes por meio de um fórum privado na internet, como forma de elucidar as decisões dos árbitros e dar mais transparência.
Mesmo assim, Rui Costa ficou cerca de uma hora reunido virtualmente com os responsáveis pelos árbitros do futebol brasileiro e ficou sabendo, além das decisões de Abel com o VAR através das conversas, a resposta e as avaliações de Cintra e Bassols.
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Em dois dos lances reclamados pelo São Paulo, sabem-se as justificativas para a não marcação.
No mais escandaloso equívoco, a não marcação de um pênalti claro em Gonzalo Tapia, quando o time são-paulino já vencia o jogo por 2 a 0, no início do segundo tempo, a conversa entre Abel e Silva concluiu que o atacante chileno estava longe, não chegaria na bola e que, além disso, o palmeirense Allan escorrega acidentalmente, por isso atinge o tricolor.
Sobre a solada com o pé alto de Andreas Pereira em Marcos Antônio, instantes depois, passível de cartão vermelho, a alegação é que o jogador do Palmeiras pega a bola primeiro.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o que mais deixou indignados os dirigentes são-paulinos foi o fato de que em nenhum dos dois lances mais capitais dos cinco reclamados há a recomendação de Silva para Abel ir rever as jogadas. Pior que isso, o árbitro de campo não mostrou certeza de suas decisões em nenhuma das jogadas e confiou puramente no colega do vídeo, sem nenhum esforço para revisar ou rever os ocorridos.