Quase cinco anos depois do atentado ao ônibus do São Paulo, a Polícia Civil ainda trabalha para esclarecer a estrutura por trás da emboscada, feita em 23 de janeiro de 2021.
Segundo informou o portal UOL, em novembro passado o Ministério Público determinou o envio à polícia de uma planilha com dados de quebra de sigilo telefônico de um dos envolvidos, medida que pode ajudar a identificar quem teria repassado ao grupo o itinerário do veículo naquela tarde.
A investigação ganhou novo fôlego a partir do conteúdo encontrado no celular de Rebert Pereira. Em uma mensagem enviada no dia do ataque, o torcedor Hildon dos Santos afirmava que aguardava contato de um conselheiro do clube, responsável por informar qual trajeto o ônibus faria a caminho do Morumbi, onde o São Paulo enfrentaria o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro de 2020.
O percurso, alterado em relação ao que habitualmente era usado pelo veículo, teria chegado ao grupo, que montou uma ação coordenada com pedras, fogos de artifício e artefatos caseiros.
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O material apreendido pela polícia revelou o uso de explosivos improvisados, como granadas artesanais com pregos e bolas de sinuca. O laudo de um especialista anexado ao inquérito afirma que os dispositivos tinham “risco letal” e poderiam ter causado ferimentos graves em jogadores e funcionários do clube.
Diante disso, a polícia enviou um ofício ao Tricolor, solicitando a lista de conselheiros que poderiam ter acesso ao trajeto do ônibus. A resposta foi que nenhum deles tinha essa informação, já que os deslocamentos eram definidos e monitorados pela própria polícia.
A quebra de sigilo telefônico de Hildon, referente aos dias 22 e 23 de janeiro, foi autorizada ainda no ano passado. O relatório reúne todos os números que ligaram ou trocaram SMS com ele naqueles dois dias, mas o material ainda não havia sido analisado. Em novembro, o Ministério Público ordenou que os dados fossem organizados numa planilha, para permitir o cruzamento das ligações e mensagens.
As investigações continuam paralelamente ao andamento judicial do caso. Em setembro, 14 envolvidos no ataque foram condenados, mas a identificação do suposto conselheiro que teria colaborado com a emboscada permanece pendente e é tratada como peça central da nova etapa da apuração.










