Se teve mais de 70 ausências no ano de seus atletas, que causou crise em seu departamento médico, sendo reformulado aos poucos, o São Paulo tem o grave problema de lesões em seus elencos há muito tempo.
O Tricolor é o clube da Série A com mais lesões no futebol nacional nos últimos dez anos, segundo levantamento publicado pelo Globo Esporte nesta sexta-feira (26).
No recorte da pesquisa, entre 2016 e 2025, o São Paulo liderou as baixas ao departamento médico na elite do Brasil com 483 casos de lesão ao longo das últimas dez temporadas, o que representa uma média de 48,3 lesões por ano. Quem mais se aproximou foi o Grêmio, com 457 contusões.
O Tricolor já vem tentando resolver este problema há tempos. Em 2020 fez mudanças em seu departamento de saúde, e em 23 dispensou o médico e fez sérias mudanças em seu Reffis, que convivia cada vez mais com lesionados.
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Quando comparadas as médias por temporada, no entanto, o São Paulo cai para 2º lugar. O Coritiba disputou cinco vezes a Série A com 243 baixas médicas, com média de 48,6 por ano – 0,62% superior à do Tricolor.
No tempo médio de recuperação das lesões de cada time entre 2016 e 2025, o São Paulo ficou na 12ª colocação, com média de 37,17 dias dos jogadores no departamento médico.
Pablo foi um dos que mais se lesionou
Entre os jogadores que mais tiveram idas ao DM na última década, o 3º colocado é um atacante que passou pelo Tricolor e não deixou nenhuma saudade. Pablo acumulou 24 lesões desde 2016, defendendo também Athletico-PR e Sport.
A pesquisa apontou que nestes dez anos, lesões na coxa foram os motivos que mais afastaram atletas da elite do futebol ao longo da temporada. “Especialistas em medicina esportiva explicam que o alto índice está diretamente ligado à exigência desse grupamento muscular no jogo: a coxa é constantemente sobrecarregada em ações de alta intensidade, como arrancadas em velocidade, mudanças bruscas de direção e finalizações”, publicou o GE.
Foi um total de 3.585 problemas musculares na coxa entre 2016 e 2025. As contusões no joelho aparecem em 2º lugar, com 1.290 incidências. Lesões no tornozelo (875) e panturrilha (498) também foram destaques no período da pesquisa.










