O executivo de futebol do São Paulo, Rui Costa, foi o escolhido da diretoria para participar da reunião com Rodrigo Cintra, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, e do gerente técnico do VAR, Péricles Bassols, na tarde desta segunda-feira (6). O objetivo principal foi elucidar ao dirigente tricolor as polêmicas decisões do árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pela fiscalização em vídeo, Ilbert Estevam da Silva, no clássico contra o Palmeiras do último domingo (5), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
O encontro aconteceu após a entidade máxima do futebol dar razão ao São Paulo nas reclamações e anunciar o afastamento por tempo indeterminado dos dois árbitros. O objetivo foi mostrar a Costa os áudios da conversa de Abel com Silva em cinco lances capitais apontados pelo Tricolor, que não podem se tornar públicos por conta do protocolo do VAR (somente decisões revisadas é que são divulgadas), mesmo com o pedido do presidente Julio Casares de que se fizesse uma exceção por conta da gravidade do ocorrido.
Nesse ponto, o alarde do Tricolor pode sim ser encarado como exagerado, como alega o Palmeiras, visto que mesmo os áudios que não são publicados pela CBF acabam disponibilizados aos clubes por meio de um fórum privado na internet, como forma de elucidar as decisões dos árbitros e dar mais transparência.
Mesmo assim, Rui Costa ficou cerca de uma hora reunido virtualmente com os responsáveis pelos árbitros do futebol brasileiro e ficou sabendo, além das decisões de Abel com o VAR através das conversas, a resposta e as avaliações de Cintra e Bassols.
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Em dois dos lances reclamados pelo São Paulo, sabem-se as justificativas para a não marcação.
No mais escandaloso equívoco, a não marcação de um pênalti claro em Gonzalo Tapia, quando o time são-paulino já vencia o jogo por 2 a 0, no início do segundo tempo, a conversa entre Abel e Silva concluiu que o atacante chileno estava longe, não chegaria na bola e que, além disso, o palmeirense Allan escorrega acidentalmente, por isso atinge o tricolor.
Sobre a solada com o pé alto de Andreas Pereira em Marcos Antônio, instantes depois, passível de cartão vermelho, a alegação é que o jogador do Palmeiras pega a bola primeiro.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o que mais deixou indignados os dirigentes são-paulinos foi o fato de que em nenhum dos dois lances mais capitais dos cinco reclamados há a recomendação de Silva para Abel ir rever as jogadas. Pior que isso, o árbitro de campo não mostrou certeza de suas decisões em nenhuma das jogadas e confiou puramente no colega do vídeo, sem nenhum esforço para revisar ou rever os ocorridos.