Nada como uma crise institucional para colocar as coisas em ordem no São Paulo.
Vivendo seu pior momento nos cinco anos como presidente do São Paulo, vendo aliados contrários ao fundo de investimento e participação para Cotia, correndo risco real de sofrer sua primeira grande derrota no Conselho Deliberativo, e com a torcida lhe xingando habitualmente em todos os jogos desde a eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores, o presidente Julio Casares decidiu abrir mais as informações no clube do Morumbi e prometeu uma série de medidas para tornar a comunicação do que acontece internamente mais transparente.
Oficialmente, contudo, a alegação é que a gestão Casares não quer ser acusada de hipocrisia por cobrar transparência da CBF na divulgação dos áudios do VAR e não tomar o mesmo tipo de atitude dentro da própria casa.
A promessa é de que a partir de agora, o clube começará a divulgar os valores de transferências, entradas e saídas, como é feito no balanço anual. Além disso, o compromisso é de emitir relatórios bimestrais sobre a condição financeira.
A grande novidade ao torcedor, contudo, é uma presença maior da imprensa no cotidiano. O São Paulo promete abrir um dia de treinamento para os jornalistas a partir da próxima semana, mesmo que seja apenas parte da atividade, como o aquecimento.
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No pacotão da transparência também está a promessa da diretoria do Tricolor em publicar boletins médicos semanais, tal como fez recentemente com Lucas e Oscar.
No meio de tudo isso, há ainda a medida que era um verdadeiro clamor de todos: o próprio Casares ou outro dirigente concederão uma entrevista coletiva mensal para tratar dos assuntos.
Cabe ressaltar que algumas das medidas prometidas eram promessa de campanha de Casares, tal como os balanços financeiros constantes.
Sobre a presença da imprensa no CT, o clube prometeu diversas vezes desde o fim da pandemia de Covid-19. Houveram alguns breves períodos, é verdade, mas sempre foram espaços curtos, de semanas que não completaram um mês. Quase sempre quem foi ‘culpado’ pela manutenção dos repórteres fora do CT da Barra Funda foi o treinador. Rogério Ceni, Dorival Júnior e Luis Zubeldía foram alguns dos que teriam determinado que setoristas não acompanhassem os treinos. Mas a informação, claro, nunca foi confirmada oficialmente.
