A polêmica não acaba nunca! O Sindicato dos Árbitros de futebol do Estado de Santa Catarina publicou na noite desta quinta-feira (9) uma manifestação em defesa ao juiz Ramon Abatti Abel, pivô central dos debates sobre o clássico entre São Paulo e Palmeiras pelo Brasileirão.
O árbitro em questão já foi afastado para reciclagem pela CBF e ainda não sai da cabeça da torcida tricolor, especialmente pelos lances capitais não anotados, o pênalti escandaloso sobre Tapia, e a não expulsão de Andreas Pereira por entrar de sola em jogada pela bola com o são-paulino Marcos Antônio.
Em postagem realizada em suas redes sociais, com o título ‘Nota de humanização e respeito’, o Sindicato de SC publicou uma série de imagens de ameaças de morte e acusações de roubo feitas contra Ramon Abatti na internet, seguidas de um texto em defesa do profissional.
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Há, no entanto, algumas informações falsas. Em trecho da publicação, diz que há ‘propagação de fake news por veículos de imprensa, de que o árbitro teria dito a um jogador que ele “reclama até de ter nascido”, fato absolutamente inverídico’.
O fato não tem nada de inverídico, como pode ser ouvido nos áudios abaixo, em que Abatti Abel retruca as reclamações de Luciano:
Outra parte controversa do manifesta é em relação à informação do canal ‘Arnaldo e Tironi‘, que pouco após o clássico afirmou que o árbitro catarinense foi visto deixando o estádio tranquilo, rindo e assobiando.
O Sindicato dos Árbitros de Santa Catarina disse que houve ‘insinuação irresponsável de um jornalista, que afirmou falsamente ter visto Ramon “passando e assobiando em tom de deboche” durante entrevista a um dirigente. Tal afirmação é desprovida de qualquer fundamento, não ocorreu em momento algum’.
Confira, na íntegra, a nota emitida pelo Sindicato de SC:
“Do ocorrido: A CBF já reconheceu institucionalmente que houve um erro técnico na não marcação de um pênalti e, por isso, o árbitro foi publicamente afastado.
No entanto, para parte da sociedade isso não bastou, e passaram a ser cometidos diversos crimes contra Ramon, entre eles:
Ameaças de morte contra ele e sua família;
Acusações de manipulação de resultados, já levantadas anteriormente e levadas até a Comissão do Esporte do Governo Federal, onde foi comprovado que nenhum árbitro da CBF teve envolvimento com manipulação, sendo apenas dirigentes e jogadores responsabilizados;
Difamações sobre sua competência técnica e preparo, quando, na realidade, o mesmo é reconhecido pela FIFA como um dos principais árbitros internacionais, tendo apitado a final das Olimpíadas de 2024 e sido pré-selecionada para a final do Mundial de Clubes da FIFA 2025;
Propagação de fake news por veículos de imprensa, de que o árbitro teria dito a um jogador que ele “reclama até de ter nascido”, fato absolutamente inverídico;
Propagação de fake news em páginas da internet, afirmando que ele teria se negado a utilizar a ARA (Área de Revisão de Árbitro) para checar um possível pênalti — algo que nunca aconteceu, conforme demonstram áudios divulgados;
A insinuação irresponsável de um jornalista, que afirmou falsamente ter visto Ramon “passando e assobiando em tom de deboche” durante entrevista a um dirigente. Tal afirmação é desprovida de qualquer fundamento, não ocorreu em momento algum, e apenas contribuiu para ampliar os ataques, difamações e ameaças contra o árbitro.
Providências: Informamos que todas as medidas cabíveis, tanto na esfera desportiva, cível quanto criminal, já estão sendo tomadas por seus advogados que presta suporte integral ao árbitro.
Reflexão:
Ficam as indagações que toda sociedade deve fazer:
Para onde estamos caminhando enquanto coletivo?”
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