O presidente do São Paulo, Júlio Casares, contratou na última semana o escritório Bialski Advogados Associados para representá-lo e acompanhar as investigações da Polícia Civil que apuram supostos desvios de dinheiro no clube. O responsável direto pela defesa é o criminalista Daniel Bialski, com atuação frequente em casos de grande repercussão.
A contratação ocorre em um momento sensível da atual gestão. O inquérito corre sob sigilo e, até agora, não há qualquer informação pública que confirme se Casares figura formalmente entre os investigados. Ainda assim, o advogado já protocolou pedido de vista formal ao delegado Tiago Correia, responsável pelo caso, solicitando acesso ao conteúdo dos autos. A intenção inicial seria conhecer o material reunido pela investigação antes de qualquer linha de defesa.
A Polícia Civil não divulga detalhes da apuração, e a Secretaria de Segurança Pública limita-se a confirmar a existência da investigação. O escopo inclui suspeitas de desvio de dinheiro do clube, que envolveria saques em espécie e entradas em contas de dirigentes, além do caso do esquema clandestino de camarote no Morumbi, relacionado a uma negociação entre os então diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares, ex-esposa de Júlio, com a intermediária Adriana Prado, para um espaço durante o show da cantora Shakira, em fevereiro.
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Em nota ao portal ‘UOL‘, Casares e seus advogados afirmaram que “os fatos, recentemente, vazados à imprensa são fruto de ilação, com finalidade única de criar desinformação e produzir dano reputacional à pessoa de Júlio”, acrescentando que aguardam oficialmente o acesso ao inquérito.
Em contato com o ‘Globo Esporte‘, Bialski ressaltou que o escritório representa apenas Casares, e não o São Paulo. A ressalva, no entanto, não afasta questionamentos internos e externos, diante de precedentes em que o presidente recorreu a advogados pagos pelo clube para tratar de assuntos pessoais — possibilidade que, novamente, não pode ser descartada.
Bialski foi diretor jurídico do Corinthians nos meses finais da gestão de Duílio Monteiro Alves, em 2023, e seguiria no cargo caso o mesmo grupo político fosse mantido. Fora do esporte, ganhou projeção nacional ao defender a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante parte do caso das joias sauditas, além de já ter atuado em processos envolvendo nomes como Carla Zambelli, Sérgio Cabral e o técnico Cuca.










