Informação divulgada na semana passada pelo jornalista Gabriel Sá, colega do ‘Arquibancada Tricolor‘, voltou a ganhar destaque entre a torcida do São Paulo nesta terça-feira (7), após o assunto ganhar luzes da ‘CNN‘.
Trata-se do interesse do empresário Diego Fernandes, fundador da O8 Partners, em reunir um grupo de investidores e bancos dispostos a injetar dinheiro no Tricolor, quitando dívidas e, claro, reforçando o elenco profissional.
Bem, vamos com calma. Primeiro o ‘salvador da pátria’. São-paulino, sócio do clube e milionário, Fernandes cuida da vida financeira de mais de 100 atletas profissionais, entre eles Neymar, Vinícius Júnior e o piloto de Fórmula 1 Gabriel Bortoleto.
Nos últimos tempos, vem atuando também como intermediador e avalizador de negociações. Foi ele, por exemplo, quem acertou o contrato de Carlo Ancelotti para treinar a Seleção Brasileira.
Não, Fernandes não é um empresário de jogadores. Seu papel é mais burocrático, digamos assim. É ele quem auxilia a transferência de recebíveis do Brasil para o exterior e vice-versa. Dada o grande número de europeus vindo trabalhar no futebol local, sua cartela de clientes (e fama) cresceram consideravelmente. Suas redes sociais expõem o tamanho da fama, com fotos e fotos com estrelas do esporte.
Mas, sempre muita calma. De um lado, a óbvia ausência de conversas com o presidente Julio Casares. Do outro, a necessidade do São Paulo se tornar uma SAF para que o projeto seja todo contemplado.
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No primeiro item, aliados de Casares escancaram que para algo desse tamanho o mandatário tem preferência pela Galápagos, que já administra o seu FIDC e também está por trás do fundo de investimentos e participações de Cotia.
Aliás, o FIP, que Casares não consegue apoio para aprovar no Conselho Deliberativo, é realmente o objetivo prioritário do dirigente até o fim de sua gestão, no final do ano que vem.
Agora, o último item. Sim, por trás do plano de Fernandes, está, na verdade, a ideia de comprar a SAF tricolor. Assunto que gera calafrios até nas mais geladas almas da política. Dada à necessidade, Casares faz malabarismos: luta pelo FIP, fala em separar clubes social do futebol profissional e aí sim transformar o Tricolor em sociedade anônima. Mas com a instituição tendo o controle majoritário.
Confuso, mas necessário em um clube com R$ 1 bilhão em dívidas e sem sinais de recuperação a curto prazo. Mas que esbarra nas próprias amarras de seu sistema político e de governança.
Politicamente, aliás, é importante situar Fernandes. Desde a gestão do antecessor Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, que ele circula no comando tricolor. Essa proximidade, aliás, é o que faz com que ‘casaristas’ mais fieis, digamos assim, o olhem com desconfiança.
Bastou Sá e o ‘Arquibancada‘ revelar os planos do empresário, sob o viés de “ajudar o clube do coração”, para circularem informações da ‘tropa de choque’ do presidente apontando que Fernandes conversa com opositores para bancar um candidato nas eleições que virão para suceder Casares e assim ter seus planos mais facilitados.
E olhe que ele nem foi o primeiro. Também foi creditado à oposição (e aqui pode-se encaixar pessoas que integram a gestão, mas que andam descontentes, se é que você me entende) a informação de uma empresa desconhecida que queria injetar R$ 1 bilhão para pagamento de dívidas.
Na avaliação dos ‘casaristas’, não existe almoço grátis. O problema é que o São Paulo anda sem dinheiro até para tomar café da manhã…