Restam cinco jogos ao São Paulo neste final de Brasileirão. Para suas pretensões de conquistar vaga na próxima Libertadores, três são com obrigação de vencer, um é duelo direto, além do clássico com o Corinthians, que marca a volta do torneio após esta última pausa de Data Fifa do ano.
Após a folga deste domingo (9), o Tricolor terá exatos dez dias antes de seu próximo compromisso diante dos corintianos em sua arena, na quinta-feira (20). O rival é outro que vem de derrotas nas duas últimas rodadas, mas também ainda sonha com uma vaguinha na Liberta 2026. Se vencer o clássico, empata com o São Paulo em 45 pontos.
Nesta pausa sem jogos, você já sabe qual será a pauta tricolor: a péssima gestão de Julio Casares que culmina na maior crise da história do clube em quase 100 anos. O presidente abandonou de vez o clube, preferindo comparecer no GP do Brasil da Fórmula 1 do que acompanhar a delegação na Vila Belmiro, onde enfiou o São Paulo já que encheu o Morumbi de shows.
Crise influencia em campo, sim!
E não há como dizer que o extracampo não atrapalha. Jogadores não estão obviamente na melhor das relações com a diretoria, que durante todo ano, o que já foi dito publicamente pelo diretor de futebol Carlos Belmonte, atrasa vencimentos de seus funcionários. A crise financeira afeta todos os lados, ninguém escapa.
O inacreditável número de lesões foi determinante neste ano, tanto para Zubeldía como para Crespo. E tudo isso também faz parte de erros diversos. A escolha por montar um elenco com jogadores predominantemente com mais de 30 anos, e vender jovens a rodo, aumenta obviamente as chances de contusões no grupo.
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A falta de garantias de permanência da diretoria com Luis Zubeldía também foi fundamental. Ainda no Paulistão deste ano, o ex-treinador tricolor se via pressionado por fazer o ‘quadrado mágico’ com Lucas, Oscar, Luciano e Calleri funcionar, e desgastou seus principais nomes, já veteranos, temendo pelo cargo.
Se o trio Lucas, Oscar e Calleri praticamente não jogou neste ano, está na conta de Zubeldía, que os arrebentou no Paulistão. E acabou demitido pouco depois. Cenas de uma administração completamente perdida e que não joga limpo com seus técnicos e muito menos torcedores.
Tudo isso somado ao criticado e cobrado departamento médico do clube, outrora considerado um dos melhores do país, mas que convive com questionamentos sobre seus métodos e processos que acumulam jogadores no tão aclamado Reffis.
O caminho não é dos mais difíceis
Voltando ao campo, são somente os atletas mesmo que buscam encerrar o ano com alguma última honra e alcançar a classificação para a Libertadores. Não que tenha alguma condição de brigar pelo título no ano que vem, mas é o que resta.
Depois do clássico em Itaquera, local que só vencemos uma única vez, o São Paulo pega o Juventude, de novo na Vila Belmiro, em jogo que não pode nem pensar em algo que não seja a vitória. Completando a trinca de partidas contra seus ex-treinadores mais recentes (Dorival Jr., Thiago Carpini e Luis Zubeldía), o duelo mais decisivo desta reta final, com o Fluminense, no Maracanã, pela 36ª rodada. É hoje o 7º colocado, uma posição acima do Tricolor.
Para fechar a participação no Brasileirão, confrontos contra dois que brigam contra o rebaixamento. Primeiro o Internacional, um pouco mais folgado, mas ainda correndo risco de queda, com mando tricolor, muito provavelmente na Vila Belmiro de novo, por mais que o clube ainda insista em dizer que pode conseguir o Morumbi para o jogo.
Encerrando o ano, em 7 de dezembro, o São Paulo vai até Salvador encarar o Vitória, que deve brigar até o fim para não ser rebaixado para a Série B. O caminho não é dos mais complicados. As equipes que lutam diretamente por vaga também oscilam demais, e tudo inda é possível. Mas com tantos problemas e percalços durante toda a temporada, alcançar a classificação para a Libertadores pode ser considerada um certo milagre.










