O departamento médico do São Paulo acaba de ganhar mais um integrante, com o anúncio nesta quinta-feira (13) de que o lateral-esquerdo Enzo Díaz passou por cirurgia, o que deve deixá-lo fora dos gramados no restante da temporada.
Soa inacreditável, mas o argentino se tornou o 63º caso de contusão no plantel tricolor na temporada, o sétimo que precisou passar por algum tipo de intervenção cirúrgica.
De fato, em uma análise mais crua da temporada do clube do Morumbi, não tem como deixar de apontar o Reffis como um de seus maiores vilões.
Na média, o São Paulo teve um novo caso de contusão (ou problema médico) registrado a cada cinco dias do ano.
Se ainda parecer pouco para você, basta olhar outro recorte: também na proporção matemática, tanto Hernán Crespo quanto seu antecessor, Luis Zubeldía, tiveram cada um sete desfalques por partida no ano.
Para Crespo, a situação é periclitante por si só. Sob seu comando, o Tricolor igualou no duelo contra o Bragantino, no último final der semana, o recorde de 12 contusões em um jogo que era de Rogério Ceni em duelo contra o Puerto Cabello pela Copa Sul-Americana em abril de 2023.
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Tudo leva a crer que, caso o departamento médico não recupere ninguém a tempo, esse recorde seja batido no clássico contra o Corinthians, no próximo dia 20 (quinta-feira), em Itaquera.
Não à toa, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, Crespo exigiu mudanças no DM para a próxima temporada. E será atendido.
O São Paulo acertou a contratação do ortopedista Lucas Leite como um de seus novos médicos. É ele quem comandará a famigerada reformulação. Entre outras medidas, implantará novos procedimentos regenerativos de atletas. Os investimentos que começam em janeiro e durarão os próximos três anos serão de aproximadamente R$ 21 milhões, custeado em boa parte por parcerias firmadas pelo clube do Morumbi.
A chegada de Leite reforça o departamento médico são-paulino, desfalcado desde setembro, quando Ricardo Galotti trocou o clube pelo rival Corinthians, aceitando um convite do técnico Dorival Júnior.
Galotti foi o segundo médico seguido a deixar o São Paulo para trabalhar no Corinthians. Fábio Luiz Novi, que chegou ao clube em 2023 junto dele, se transferiu para o Parque São Jorge no início de 2024 ao lado da psicóloga Anahy Couto. Ambos, contudo, deixaram o rival após pouco mais de dois meses de atuação por lá.
Galotti e Novi chegaram ao São Paulo após pedido do então técnico Rogério Ceni para uma reestruturação no Reffis. Com isso, Carlos Tadeu Moreno foi demitido e José Sanchez, nome histórico no Morumbi, ganhou um cargo simbólico de coordenador médico da transição, que ocupa até hoje, sem mais frequentar o cotidiano no CT da Barra Funda.
Sem Galotti, o clube do Morumbi possui em seu departamento médico Pedro Henrique Perez, que chegou no decorrer do ano passado para substituir Novi e deve assumir como o responsável pelo setor.
Além dele, o Tricolor conta com os fisioterapeutas Felipe Marques (atualmente o coordenador do Reffis), Carlos Alberto Presinoti, Cilmara Moretti, Bruno Nestlehner e Igor Phillip e os fisiologistas Luis Fernando de Barros e Paulo Teixeira, além das nutricionistas Gabriela Giglio e Jaqueline Guedes.
Ao todo, contando também a passagem pela Seleção Brasileira, para onde foi após deixar o São Paulo no início de 2024, Dorival já tirou exatos dez profissionais do estafe tricolor ao todo.
TODOS OS CASOS DE CONTUSÃO NO SÃO PAULO DURANTE O ANO











