Em um clima ameno e de muita cumplicidade e sinceridade entre diretoria e comissão técnica capitaneada por Hernán Crespo, aconteceu nesta quarta-feira (29), no CT da Barra Funda, a famigerada primeira reunião de planejamento do São Paulo já pensando em 2026.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, como já era esperado, muito pouca conversa reveladora. Algo prudente, já que ainda restam oito jogos no ano, todos considerados fundamentais para se conseguir o objetivo primordial de conquistar uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores por meio do Campeonato Brasileiro (o São Paulo é o atual nono colocado, com 41 pontos, seis atrás do Botafogo, hoje o último do G-6 que leva à competição continental).
E a decisão de não se comentar sobre saídas, mesmo em uma conversa interna, alertado o risco de vazamentos, partiu de Crespo, que não quer rachas ou insatisfeitos no elenco em um momento crucial para o futuro do clube. Foi atendido em partes, já que em sua fala, segundo relatam fontes ouvidas pela reportagem, o presidente Julio Casares enfatizou que para a próxima temporada pode abrir um espaço de pouco mais de R$ 2 milhões na folha salarial com saídas que ele julga “quase certas de acontecerem”. Mas foi só. Nomes? Nada. Respeitou-se o pedido do treinador.
Falou-se mais sobre a montagem do plantel. Casares, o superintendente Márcio Carlomagno, o diretor Carlos Belmonte e o executivo Rui Costa enfatizaram a Crespo que o número de contratações dependerá, claro, da classificação ou não do clube à Libertadores.
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Mesma coisa para o ‘custo’ desses jogadores. Caso o Tricolor chegue à principal competição continental, a promessa é de que se pode aventar a possibilidade de um ou outro nome mais badalado (e caro).
Não houve resistência de Crespo. Mas sim uma ponderação. Ele foi enfático aos dirigentes: quer muito menos casos de contusão no seu grupo para a próxima temporada. Nesta temporada, o São Paulo acumulou um total de 59 casos de contusão. Nos dois últimos jogos, foram 11 jogadores ausentes entregues ao Reffis
Segundo relatos dados ao AMT, Casares e Belmonte concordaram que a questão precisa ser melhorada. E mantiveram a promessa de realizar mudanças no Reffis ao final da atual temporada. Mas foram surpreendidos. Crespo quer conversar com o setor de scout. E incluir nas pesquisas de reforços questões como minutagem e, principalmente, histórico de lesões. À reportagem, foi contado que o argentino pediu para jogadores sem muita quantidade recente de partidas disputadas ou que tenham sofrido graves contusões recentes serem excluídos das pretensões de contratações.
O perfil desenhado por Crespo como reforços ideais para o Tricolor em 2026 é de nomes que tenham grande intensidade, vigor físico e polivalentes, que tenham capacidade de fazerem mais de uma função e consigam fazer a recomposição após o ataque, sem bola, com certa facilidade. Marcos Antônio foi o nome usado como exemplo, segundo informaram ao AMT.
Os encontros entre Crespo e a diretoria podem ocorrer semanalmente, mas não há uma periodicidade definida. O treinador também não quer uma espécie de ‘dedicação’ ao planejamento do próximo ano com coisas importantes em disputa ainda nesse. Os cartolas concordaram.
