* Com Alexandre Giesbrecht, do ANOTAÇÕES TRICOLORES (clique aqui e conheça o trabalho)
Aos 41 minutos do segundo tempo, quando a placa do quarto árbitro subiu para a entrada de Negrucci no lugar de Bobadilla, a cena no Morumbi parecia apenas parte da estratégia do técnico Hernán Crespo para segurar a vitória. Mas ela teve outro significado: a confirmação de que a cláusula de renovação automática do contrato de Rigoni não será acionada, já que ele não entrou em campo.
O argentino havia sido contratado no início de setembro, com vínculo até o fim do ano e uma condição simples: a prorrogação automática, se disputasse doze partidas com ao menos 45 minutos em campo. Uma margem pequena, considerando que o São Paulo, mesmo indo à final da Libertadores, teria no máximo 21 jogos pela frente.
A reestreia de Rigoni, contra o Botafogo, ficou por pouco: foram 33 minutos regulamentares e mais seis de acréscimos, totalizando 39. Só na partida seguinte, diante do Santos, o atacante cumpriu pela primeira vez a minutagem mínima exigida. Desde então, porém, não voltou a alcançar a marca. Foram no máximo 22 minutos em campo, dois jogos no banco e uma suspensão pelo cartão vermelho recebido contra o Fortaleza, ainda no primeiro tempo.
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O gatilho contratual, portanto, não será ativado. Isso não impede uma eventual renovação, mas torna o cenário improvável. Para permanecer, Rigoni teria de negociar novo contrato com a diretoria, algo que, segundo pessoas próximas ao departamento de futebol, dificilmente ocorrerá, a não ser que o argentino tiver participação decisiva e consistente nas últimas rodadas.
Crespo foi questionado sobre o futuro do argentino após o jogo contra o Bahia, mas evitou entrar no assunto: “Ainda não sei o que vou fazer em janeiro.” O repórter tentou insistir, perguntando o que aconteceria se a diretoria o consultasse sobre o tema, mas o treinador encerrou o assunto antes do fim da frase: “Eles já me conhecem. Não vão perguntar.”
Rigoni acabou perdendo espaço em meio à irregularidade técnica e ao encaixe do sistema de Crespo. E, assim como ele, Dinenno, contratado em junho, também tinha cláusula de renovação automática e igualmente não a cumprirá. O centroavante precisaria atingir 25 partidas com pelo menos 45 minutos, mas está fora por causa de uma artroscopia no joelho direito realizada na última semana. Segundo a ‘Gazeta Esportiva‘, seu prazo de recuperação deverá ser de cerca de 20 dias, mas, mesmo que fosse agora, já não serviria para bater a meta.
No cenário atual, tanto Rigoni quanto Dinenno deverão deixar o clube no fim do ano, encerrando passagens que, em diferentes medidas, ficaram abaixo das expectativas.










