O contrato de patrocínio do São Paulo com o Magnum Bank renderá R$ 3,6 milhões anuais pelo espaço das mangas das camisas de treino e de jogo, mas haverá ainda uma receita adicional variável, com base em serviços oferecidos pelo banco.
O valor será calculado com base em percentuais de alguns serviços oferecidos, com outros gerando um valor fixo.
O clube parece estimar o total anual dessa receita em cerca de R$ 10 milhões, com base no que o portal ‘R7‘ publicou, embora tenha tratado a quantia como garantida.
Em quase todos os casos, o Tricolor terá direito apenas ao que seus torcedores consumirem na plataforma do banco, incluindo transações de cartões de crédito e de débito personalizados do clube.
A única exceção é a comissão de 1% que será gerada sobre vendas que o clube originar para as plataformas digitais do Magnum, “que conectam vendedores e compradores, permitindo a comercialização de produtos e serviços”.
O contrato não informa como será calculado esse volume. Há ainda um item que traz um valor aproximado (de R$ 2,90), a ser pago aos cofres são-paulinos para cada emissão de cartão de crédito personalizado, que é tratado como “Torcedor Anjo” ou “Torcedor Santo Paulo”.
Aqui, porém, existe a ressalva de que, para a incorporação da receita, o São Paulo precisará oferecer alguns benefícios aos correntistas, que ainda não foram definidos.
Segundo o portal ‘Arquibancada Tricolor’, a votação do projeto, prevista para esta segunda-feira (17) foi adiada pela justificativa de “se precisar de mais tempo para analisar as cláusulas do contrato”. Apesar do preciosismo, contudo, o acordo deve ser aprovado com ampla vantagem.
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O CONTRATO
Quase dois anos depois de o espaço ficar vazio, o São Paulo voltará a ter um patrocinador na manga de sua camisa. Por meio de sua marca Magnum Bank, a Magnum Sociedade de Crédito Direto ocupará a propriedade, tanto nos uniformes de jogo como de treino, como já havia adiantado o AVANTE MEU TRICOLOR.
Por esse direito, a marca pagará R$ 3,6 milhões ao Tricolor anualmente até dezembro de 2031. O valor será pago em parcelas de R$ 300 mil mensais, que serão corrigidas pelo IPCA uma vez por ano.
Além disso, o São Paulo se comprometeu a fazer seus melhores esforços para que portadores do cartão de crédito do Magnum Bank recebam descontos ao comprar camisas oficiais nas lojas SAO e tenham ações especiais em jogos com mando são-paulino, numa iniciativa que parece similar à de quando o Banco Inter foi o patrocinador máster da equipe, entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2021.
Depois, entre março de 2023 e abril de 2024, o clube chegou a ter o SPFC Bank, em parceria com a Logbank, projeto que naufragou diante de descaso, que levou a uma adesão ínfima de clientes: apenas três mil na última parcial divulgada.
O Magnum Bank faz parte do mesmo grupo do fabricante de relógios Magnum, que nesta quinta-feira (13) lançou um relógio comemorativo dos vinte anos da conquista do tricampeonato mundial pelo Tricolor. No ano passado, a empresa chegou a negociar uma parceria com o clube, mas, como apurou o AVANTE MEU TRICOLOR, um desacordo em valores e uma mudança de planos nas estratégias de marketing teriam feito com que as conversas não fossem para frente naquele momento.
Conhecido pela fábrica de relógios que capitaneou o grupo, a Magnum acabou lançando sua instituição financeira em dezembro de 2021. Exatos dois anos após comprarem a SAF do São Bernardo, time do ABC paulista que vem galgando degraus e luta pelo acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.
Liderado pelo empresário Roberto Graziano, torcedor fervoroso do Guarani, a Magnum já foi patrocinadora de camisa do clube de Campinas (SP) e chegou a assumir a administração social do Bugre em 2014, mas a parceria foi desfeita no ano seguinte após o Conselho Deliberativo barrar a compra do estádio Brinco de Ouro.
Para permanecer no futebol, a Magnum acabou assumindo o São Bernardo.
Graziano também é conhecido por outras conexões no mundo do futebol. Seu nome foi citado em investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre a corrupção no rival Corinthians. Segundo nota da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a 3ª DPPC (Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) identificou o empresário como um dos maiores financiadores de campanha de Augusto Melo, afastado presidente do time da zona leste.
QUANTO PAGAVA O ÚLTIMO ACORDO?
A última marca a ser exibida na manga da camisa foi da Bitso, que o fez entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, num contrato que foi rescindido com treze meses de antecedência e pagava R$ 12,5 milhões por ano, quase quatro vezes mais que o novo acordo.
Outras duas propriedades do uniforme de jogo seguem vazias, embora há menos tempo: os ombros, desde a saída da Viva Sorte, em março, e a barra traseira, desde a rescisão com a Blue Saúde, em setembro.
Atualmente, o São Paulo arrecada anualmente aproximadamente R$ 100 milhões com patrocínios na sua camisa. Boa parte disso vem da Superbet, que em 2025 despendeu R$ 78 milhões ao clube. O contrato prevê reajuste em 2026.
* Com Alexandre Giesbrecht, do ANOTAÇÕES TRICOLORES











