Os passos dentro do São Paulo para que a saída do mandatário Julio Casares aconteça estão cada vez mais acelerados. O consultor da presidência Vinicius Pinotti, antes forte aliado da atual gestão, pediu afastamento do cargo e agora se articula com outros membros da situação do Tricolor para reforçar o pedido de impeachment.
Pinotti é um dos nomes mais fortes dentre os conselheiros do São Paulo para ser candidato à presidência do clube em 2026. Internamente, se tornou também um dos principais opositores do antigo aliado Julio Casares.
Como informado inicialmente pelo UOL nesta terça-feira (23), o grupo da situação do Tricolor já começou as conversas para protocolarem ao Conselho o pedido da saída do presidente.
Ainda hoje, um grupo da oposição conseguiu assinaturas suficientes para protocolar o pedido para demissão do presidente ao Conselho Deliberativo. E dentro os 57 nomes coletados, 13 foram de membros da situação do Tricolor, já indicando o racha político interno.
Ainda de acordo com o site, membros da situação tricolor passaram a tarde de hoje coletando assinaturas para um ofício decretando o fim da ‘Era Casares’ no São Paulo, e a expectativa é que o documento seja protocolado em breve.
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Inicialmente, o grupo conta com um último ato de hombridade de Julio Casares, pedindo sua saída, sem a necessidade de votação por seu impeachment. No entanto, segundo apurações internas no clube, essa não é a vontade do presidente, que, por ora, não entregará o cargo.
E Pinotti é um dos líderes desse movimento. O conselheiro eleito em 2020 deixou seu cargo de consultor no início desta semana após as notícias sobre a investigação da Polícia Civil no São Paulo.
Ele foi convidado por Julio Casares a assumir o papel de Consultor Especial da Presidência, mas, segundo adiantou o jornalista Ramoni Artico, Pinotti era pouco ouvido por Casares nos últimos tempos e não justificava, de fato, o cargo oferecido, e apenas funcionava como uma marionete da gestão.
O que precisa para Casares cair?
O presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres, com os pedidos de situação e oposição em mãos, deve convocar uma reunião extraordinária nos próximos dias no Tricolor.
Portanto, com a reunião marcada, o Conselho Deliberativo votará pelo futuro do presidente Julio Casares no São Paulo, e ao menos dois terços dos participantes precisam aprovar o impeachment. São necessários 171 votos dos 255 conselheiros da casa para que isso aconteça.
Se esta maioria for a favor, Casares já seria afastado do cargo presidencial. Posteriormente, o pedido pela saída passaria ainda pela Assembleia Geral, com todos os sócios adimplentes do Tricolor, com a aprovação da demissão definitiva se dando por maioria dos votos. Aí, sim, estaríamos livres do líder da corja.
